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PT tem pressa sobre Senado. A Humberto, Lula e Gleisi prometem não se envolver

Presidente do PT-PE, Doriel Barros está fechando uma data para uma reunião da Executiva estadual com o objetivo de discutir o nome que a legenda indicará, à Frente Popular, para concorrer ao Senado. Há pressa no PT para solucionar isso.

“A gente vai caminhar em breve com isso”, informa, à coluna, o dirigente estadual. A celeridade também é defendida pelo senador Humberto Costa.

À coluna, ele argumentara que era preciso iniciar essa discussão “o mais rapidamente possível”, tanto sobre mirar ou não a vaga do Senado, como sobre definir também “o mais rapidamente possível quem será a pessoa que vai representar o PT nessa chapa”.

O senador realçara, ainda na última sexta-feira (04), tratar-se de uma “decisão do diretório estadual”, mas revela ter solicitado, naquele mesmo dia, ao ex-presidente Lula e à presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, que não houvesse intervenção da direção nacional nisso.

“Uma das coisas que eu falei lá é que já teve muita intromissão, intervenção da nacional no Estado em outras situações e pedi que deixassem que essa questão o PT estadual resolve”, narrara Humberto à coluna, fazendo referência ao almoço que teve com Lula e Gleisi.

“E eles disseram que não iriam se envolver”, completa. Ainda na sexta, Humberto recebera demanda do ex-prefeito de Petrolina, Odacy Amorim, para disputar o Senado. A entrada de Odacy no circuito também é realçada por Doriel.

Em relação aos nomes tidos como competitivos da legenda, o dirigente assinala: “Os que têm apresentado desejo e que aparecem como competitivos são Marília Arraes, Carlos Veras e Odacy Amorim, que manifestou isso recentemente”.

Doriel destaca ainda a prioridade que o tema ganha internamente: “Possivelmente, vamos trabalhar isso em duas reuniões. Em princípio, pode ser que seja uma só para encaminharmos um nome e apresentarmos ao PSB como uma das prioridades que o partido passa a ter a partir de agora, que a gente retirou a candidatura para o Governo do Estado”.

Na conversa com Lula e Gleisi, quando, formalmente, retirou sua candidatura a governador, Humberto passou para eles a informação de que, no partido, “havia sentimento de que o PT tinha interesse de participar da chapa e uma boa parte achava que pelo Senado” e avisou que essa discussão seria aberta.

Cada um no seu quadrado

A direção nacional “vai ser ouvida”, pondera Doriel Barros, sobre a escolha do nome para o Senado, mas argumenta que essa discussão “deve passar por decisão do Estado, já que a decisão para governador era certa que passava pela nacional”.  E sinaliza: “A gente entende que é um espaço que caberia, com todo respeito aos demais partidos, ao PT, com tudo que o PT pode contribuir”. 

No radar > Doriel solicitou reunião com Lula e Gleisi Hoffmann. Segundo ele, o encontro pode ocorrer antes ou depois da decisão sobre o Senado, mas deve se destinar a tratar também da campanha do presidenciável, entre outros assuntos. 

Placar > Outras legendas trabalham para emplacar opções para o Senado e votações como as reformas da Previdência e Trabalhista têm sido usadas, nas coxias, entre os cotados, como parâmetro de alinhamento, ou não, com o PT, que defende candidatos alinhados nos votos. Na primeira, por exemplo, votaram “não” : Eduardo da Fonte, Marília Arraes, Carlos Veras e Wolney Queiroz. André de Paula e Silvio Costa Filho votaram “sim”.    

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Fonte: Folha PE
Autor: Renata Bezerra de Melo

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