O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) aprovou somente ontem o registro da federação entre PT, PV e PCdoB. Contudo, os dirigentes dos três partidos, Clodoaldo Magalhães (PV), Doriel Barros (PT) e Marcelino Granja (PCdoB), já maturavam os impactos da aliança em Pernambuco desde que os comandos das legendas decidiram fechar a aliança em abril. Tanto que as reuniões entre os dirigentes das três agremiações são constantes e ocorrem a cada 15 dias. Com a missão de conciliar os interesses das siglas nos pleitos de 2022 e 2024 é preciso uma costura organizada para evitar rusgas. Para isso, o presidente estadual do PT, Doriel Barros, defende que seja feita uma coordenação integrada os partidos não somente para tocar o processo eleitoral deste ano, mas também para alinhar as articulações para as disputas municipais de 2024, que deverá exigir um trabalho mais intenso. “Não vejo divergências, nem terá espaço para disputas. Estamos construindo esse processo. Já debatemos a formação das chapas proporcionais e vamos fazer uma construção tranquila, inclusive, para as eleições de 2024”, afirmou Doriel. O dirigente pretende, inclusive, marcar uma reunião para a próxima semana com os representantes do PV e PCdoB para tratar dos próximos passos da federação. Um dos principais objetivos do grupo para a eleição deste ano é eleger uma chapa competitiva para dar base ao projeto presidencial de Lula (PT). “Houve reuniões para nivelar a chapa, respeitando a autonomia dos partidos para atender o interesse maior que é a formação de uma chapa forte para dar base a campanha do presidente Lula”, ponderou Clodoaldo Magalhães. Além da construção proporcional, um alinhamento que resta pendente está na chapa majoritária da Frente Popular. Isso porque tanto a deputada Teresa Leitão (PT) quanto a vice-governadora Luciana Santos (PCdoB) estão de olho no Senado da base. A questão inevitavelmente passa pela federação e deverá ser objeto do comando nacional das siglas.
Espaço na majoritária
O presidente estadual do PV, o deputado estadual Clodoaldo Magalhães, cogita que os nomes tanto de Teresa Leitão (PT) quanto de Luciana Santos (PCdoB) podem ser contemplados na chapa da Frente Popular. Isso porque, além do cargo de Senado, há ainda o espaço da vice aberto.
Programa > O pré-candidato ao Governo, Miguel Coelho (União Brasil), pode lançar o seu programa de governo na próxima semana. Na ocasião, gestor deve reunir coordenadores da sua campanha e a imprensa. Também há a expectativa de apresentação do documento em evento separado para sua base.
Mesa > A saída do deputado federal Marcelo Ramos (PSD), crítico ferrenho do Governo Bolsonaro, da Mesa Diretora da Câmara Federal não deve alterar as conduções do trabalho da Casa, na visão do deputado federal Tadeu Alencar (PSB-PE). “As críticas que Marcelo fazia era na condição de deputado, não pela sua atividade de membro da Mesa”, avalia Tadeu.
Regimento > O parlamentar também nega a tese de retaliação ao parlamentar, que chegou a ser especulada na imprensa. “Foi uma mudança regimental”, resumiu.
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Fonte: Folha PE
Autor: Renata Bezerra de Melo