O governador de Pernambuco, Paulo Câmara, tem reunião, nesta terça-feira (15) à tarde, em Brasília com o presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira. O encontro ocorre quatro dias após o dirigente nacional passar por Pernambuco para estar presenta na ocasião em que o martelo foi batido no nome de Danilo Cabral como candidato do PSB ao Palácio do Campo das Princesas.
Pernambuco é considerado a “joia da coroa” dos socialistas, estado hegemônico na legenda, de onde partem as principais decisões tomadas na sigla. Para petistas e integrantes de partidos aliados, a concessão feita pelo PT, ao abrir mão de encabeçar uma chapa com Humberto Costa em prol da unidade, foi suficiente para abrir outros caminhos, como o da federação, por exemplo.
No PSB, no entanto, predomina um entendimento de que o PT anda “fazendo jogo de cena” nas negociações, se ancorando na estratégia de tocar a federação, amarrar o PSB e ver, mais adiante, se apoia os socialistas nos Estados. Apesar da concessão feita em Pernambuco, socialistas aguardam apoio formal no Espírito Santo, no Acre e no Rio Grande do Sul.
Na última quinta-feira (10), após a terceira reunião sobre federação, realizada na sede do PSB nacional, Carlos Siqueira deu o seguinte recado ao PT: se quiserem acelerar a criação da federação, vai ser preciso acelerar também a negociação nos estados.
Em outras palavras, dizem correligionários, ele quis dizer que o PSB não vai cair nessa de fechar federação sem amarrar os estados. Ainda que tenha havido concessão em Pernambuco, nas coxias do PSB, se argumenta que falta uma concessão formal no estado governado por Renato Casagrande e se registra ainda que a reunião referente ao Rio Grande do Sul terminou, na última sexta-feira (11), do jeito que começou: sem resolver nada.
O ritmo que o PT está imprimindo a essas negociações, observam socialistas em reserva, é de quem não quer garantir apoio ao PSB. O detalhe é que São Paulo, Rio Grande do Sul e Pernambuco são maioria no diretório nacional. E dificilmente, calcula um integrante da cúpula, se fechará federação sem o apoio do PT nesses estados.
Se não há como negociar São Paulo, se espera, no PSB, que o PT entregue mais.
Entregar mais
Se o PT fizer as contas, alertam socialistas, vai ter que “arrumar jeito de entregar mais” ao PSB. Isto é: se não entregar São Paulo, vão ter que entregar Rio Grande do Sul, Acre e Espírito Santo. E isso, realça uma fonte da sigla em reserva, não tem nada a ver com Carlos Siqueira, tem a ver com a divisão de cadeiras, entre os estados, no diretório. O PT, sublinha a mesma fonte, “ao contrário do que dizem petistas, precisa do PSB para fazer federação”. “Caso contrário, vira o PT mais um puxadinho, que é o PCdoB”.
Senado > A executiva estadual do PT se reúne, hoje, às 19h30, para definir se é mesmo o Senado o foco do partido após abrir mão da cabeça de chapa, e qual nome seria o indicado para vaga. O encontro será virtual. Petistas dizem esperar apenas que o PSB cumpra o acordo de apoiar Lula na corrida presidencial, o que lhes fará seguir integralmente o acerto sobre apoio ao PSB no Estado.
Conexão 1 > O secretário de Ciência e Tecnologia, Lucas Ramos, anda empolgado com a implementação de um Data Center capaz de render faturamento de R$ 320 milhões por ano. O centro de processamento de dados é fundamental para conectar Pernambuco ao cabo submarino SeaBras-1.
Conexão 2 > Isso vai garantir ao Estado internet global de alta velocidade, baixa latência e menor custo de contratação. Ele será conectado a um ramal com 500 km de extensão, que fará ligação com a estrutura de 10,5 mil Km do SeaBras-1, que parte de Nova Iorque e vai até Praia Grande (SP), pelo fundo do mar.
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Fonte: Folha PE
Autor: Renata Bezerra de Melo
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