Um aluno de 13 anos atacou diversas pessoas com uma faca em uma escola estadual de São Paulo nesta segunda-feira (27/3). Uma professora morreu e outras quatro pessoas ficaram feridas — entre elas três professoras e um aluno.
A professora de ciências Elizabeth Terrero, de 71 anos, foi encaminhada em estado grave para o Hospital Universitário da USP e não resistiu, segundo o governo paulista.
Após o ataque, o adolescente foi desarmado por uma professora e detido pela polícia. As vítimas foram levadas para hospitais.
Veja o que se sabe sobre o caso:
Recém-chegado
O aluno que realizou o ataque havia sido transferido para a escola estadual Thomazia Montoro, na Vila Sônia (zona sul de São Paulo), no dia 15 de março, disse o secretário estadual de Educação, Renato Feder, em entrevista a jornalistas.
Segundo Feder, nesse meio tempo o adolescente não deu nenhuma indicação de que poderia agir de maneira violenta.
“A escola foi pega desprevenida”, afirmou.
Durante o ataque, uma professora conseguiu imobilizar o aluno para que largasse a faca, afirmou o secretário de Segurança de SP, Capitão Guilherme Derrite.
Após ser detido pela polícia, o adolescente foi levado para o 34º DP da capital paulista.
Vídeos divulgados pelo site G1 mostram os momentos em que o aluno, vestido com uma máscara de caveira, ataca a professora pelas costas e depois é contido por outra.
Motivação sendo investigada
Derrite afirmou ainda que não se sabe a motivação do aluno para o ataque e que isso será investigado. O adolescente estava no 8º ano do ensino fundamental.
As três professoras feridas e o aluno estão em condições estáveis, segundo ele. Um outro aluno foi socorrido em estado de choque — sem ferimentos, mas muito abalado psicologicamente.
Pais de alunos relataram a jornalistas no local que brigas e agressões são constantes na escola.
A diretora da escola e uma outra funcionária já prestaram depoimento e foram liberadas, segundo policiais que as acompanhavam na saída da delegacia.
Uma aluna e sua mãe também deixaram o DP visivelmente abaladas.
Outras testemunhas, incluindo alunos e seus responsáveis, estão sendo ouvidos neste momento, de acordo com os policiais.
A mãe de uma aluna disse à BBC que sua filha ficou bastante abalada porque viu poças de sangue na escola quando estava fugindo da confusão.
“Minha filha tinha sido transferida pra essa escola esse ano”, disse Danielle Araújo Silva, de 34 anos. “Estamos muito assustados.”
O governador Tarcísio de Freitas (Republicanos), que está em viagem à Europa, lamentou o caso nas redes sociais.
“Não tenho palavras para expressar a minha tristeza com a notícia do ataque a alunos e professores da Escola Estadual Thomazia Montoro, na Vila Sônia. O adolescente de 13 anos já foi apreendido e nossos esforços estão concentrados em socorrer os feridos e acolher os familiares”, escreveu.
Tarcísio também falou sobre a morte da professora durante o ataque.
“Muito pesar e tristeza com a notícia da morte da professora Elisabete Tenreiro, que não resistiu aos ferimentos causados pelo horror do ataque desta manhã. E meu muito obrigado à professora Cintía, que em uma ação heroica impediu que essa situação terrível fosse ainda mais grave.”
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