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Prevenção de acidentes: um naufrágio e dois incêndios

Fim da semana passada e início desta, o azar e o descuido aprontaram das suas. Com navegação oceânica e com eletricidade não se perdoa desatenção. O navio naufragado era um cargueiro que saiu do Recife rumo a Fernando de Noronha transportando a carga máxima de 180 toneladas. No dia anterior  retornou de Goiana para rearrumar o carregamento que se soltara, em parte, das amarras, havendo risco em conduzí-lo solto.

Além de material de construção e outros gêneros para o comércio da Ilha, ia com a tripulação de nove pessoas, todas experientes em navegação marítima. Um dos tripulantes já enfrentara dois naufrágios e sobrevivera. Dessa vez não estava entre os quatros sobreviventes. Houve um pressentimento de que a segurança não ia bem, daí o comandante do navio ter ordenado a sua volta para reajuste da carga. Marujos, no entanto, são acostumados ao perigo, e, neste episódio, exageraram na coragem. Cabe agora às autoridades marítimas averiguar o que houve para prevenir novos acidentes.

Quanto aos incêndios residenciais, o primeiro foi domingo à noite quando uma pessoa fazia churrasco. Despreviniu-se e as chamas alastraram-se pelo apartamento ceifando-lhe a vida. O segundo sinistro ocorreu na manhã de segunda feira, no 19°andar de uma das torres do Condomínio Le Parc, quando a empregada doméstica colocou seu celular para carregar deixando-o sobre o colchão de uma das camas, tendo a combustão iniciado deste fato. O fogo cresceu rápido, só deu tempo de salvar-se a dona do celular. Três gatos de estimação sucumbiram e um sobreviveu.

Os bombeiros chegaram rápido. Se demorassem a extensão do dano e do risco a vizinhança seria maior. As pessoas e animas foram evacuadas do prédio. Estima-se que o prejuízo foi grande. Fica o alerta para todos: facilitar com a eletricidade pode ser fatal. Contratar seguro não faz mal a ninguém. Aos sem teto e sem telefone, sem cama e sem colchão, estas observações não dizem respeito, conquanto as chamas dos incêndios florestais não alcancem ainda as calçadas em que dormem. Nesses casos, cães e gatos podem ficar por perto, despreocupados. 

José de Siqueira Silva é Coronel da reserva da PMPE

Mestre em Direito pela UFPE e Professor de Direito Penal

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19/09/2024 às 14:21

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