Policiais do Distrito Federal efetuaram a prisão preventiva de um empresário de Pernambuco apontado como chefe de um esquema de comércio ilegal de cerveja vencida. A prisão ocorreu na região central de Taguatinga, no DF, na tarde de terça-feira (4), quando o homem entrava em um hotel.
Segundo a Polícia Civil do Distrito Federal, o empresário, que não teve a identidade revelada, desembarcou em Brasília, oriundo do Recife, na manhã de terça. Ele era monitorado pela corporação. “A adulteração ocorria em Brazlândia, mas as ordens emanavam do Recife, com o empresário à frente do esquema”, detalhou o delegado Fernando Cocito.
O Tribunal do Júri de Brazlândia disse que o empresário:
“vendeu bebidas impróprias para o consumo para diversos estabelecimentos, havendo, ante o volume das transações criminosas praticadas, a possibilidade concreta de que continue a praticar o referido crime se permanecer solto”
A polícia destaca ainda que o empresário é proprietário de uma empresa localizada em Brazlândia. Essa firma envasava e comercializava água mineral, mas foi fechada pela Vigilância Sanitária na quinta-feira passada (30).
“Segundo as investigações, a empresa trabalhava fazendo o envasamento de água mineral, mas, nos últimos meses, passou a adulterar e comercializar latas de cerveja vencida, remarcando a data de validade”, explicou a Polícia Civil do DF.
A adulteração da data de validade foi flagrada pela polícia, no dia 30. Vinte funcionários faziam a mudança nos paletes de cerveja. O gerente da empresa foi preso em flagrante.
A operação policial localizou latas de cerveja com a numeração suprimida e latas já remarcadas, todas vencidas. No total, 152 mil latas de cerveja vencidas foram apreendidas.
A Polícia Civil do DF afirmou que o empresário pode pegar penas de 2 a 5 anos ou multa pelos crimes de manter em depósito para revenda mercadoria em condições impróprias ao consumo.
Preso anteriormente
Em 2016, o mesmo empresário foi preso na Operação Longa Manaus da Polícia Civil de Pernambuco. Ele era suspeito de atrapalhar investigação de organização criminosa.
No mesmo ano, o pai do empresário foi preso na Operação Tsunami, também da Civil pernambucana, suspeito de fraudar licitações na Prefeitura de Catende.
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