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Prefeitura do Recife reconhece Cooperativa Ecovida Palha de Arroz como entidade de utilidade pública

O reconhecimento dado pela PCR fortalece a atuação da cooperativa e a inclusão social das mulheres, e vai gerar uma economia de mais de mil Reais por ano para o grupo, com a isenção de impostos. Prefeito João Campos visitou o galpão e as cooperadas na manhã desta quinta-feira (16). (Foto: Rodolfo Loepert/PCR)

Desde a inauguração do Galpão de Triagem de Resíduos Sólidos – Palha de Arroz, em 2016, a Cooperativa Ecovida Palha de Arroz mudou a vida de dezenas de mulheres. Agora, a Prefeitura do Recife concedeu à cooperativa o título de Entidade de Utilidade Pública, reconhecendo o grupo para fins de interesse geral e que presta serviços, sem fins lucrativos, à sociedade. Isso significa que a cooperativa vai estar isenta de pagar os tributos municipais, representando uma economia de aproximadamente R$ 1.040,00 por ano para o grupo. Em celebração à mudança, o prefeito João Campos esteve no Galpão na manhã desta quinta-feira (16), quando conversou com as cooperadas, acompanhou o trabalho delas, e entregou uma cópia da nova Lei 18834/21 (que estabelece o título de Entidade de Utilidade Pública) ao grupo. 

“É com alegria, eu venho aqui e quero parabenizar o trabalho de todas essas mulheres, são verdadeiras guerreiras, heroínas, que com muita força e garra trabalham todos os dias para ajudar a cidade também”, afirmou João Campos durante a visita. “A gente quer intensificar as parcerias, como a gente pode avançar a cada dia. Um dia houve o sonho de criar a cooperativa, de ter o espaço, de trazer o Recicla Mais, de agregar valor, fazer o empoderamento a cada dia, e a gente não pode nunca deixar de ter a pretensão de crescer e querer mais sempre. A gente sabe que é um momento desafiador de transição da pandemia, mas que a gente possa juntar as nossas energias para viabilizar o crescimento da Palha de Arroz. Isso nos anima e nos orgulha, contem com a gente”, complementou.

O reconhecimento dado pela PCR vai fortalecer a atuação, no  desenvolvimento da política pública de gestão dos resíduos sólidos – conforme recomenda a Lei Federal nº 12.305/2010 da Política Nacional de Resíduos Sólidos -,além de promover à inclusão social ao possibilitar o trabalho organizado e associativo de mulheres em situação de vulnerabilidade social. Promove ainda o sustento financeiro, além de fortalecer a autoestima e a autonomia das cooperadas, tornando-as cada vez mais empoderadas socioeconomicamente. 

“A lei possibilita ações com parcerias, e também isenta a cooperativa dos tributos municipais e anistia do saldo devedor existente. Isso impacta diretamente na renda de cada cooperativa, porque a cooperativa tem um custo dos tributos que elas dividem entre si para fazer esse pagamento, e agora elas vão ter uma renda um pouco maior”, explicou Glauce Medeiros, secretária da Mulher do Recife.

Localizada no bairro do Arruda, na Zona Norte do Recife, a Cooperativa Ecovida Palha de Arroz conta atualmente com 18 cooperadas, onde elas exercem suas atividades com carga horária de 7 horas diárias, durante 5 dias na semana separando e tratando os resíduos sólidos, posteriormente destinados à reciclagem. O local tem média de produção mensal de 11,2 toneladas e faturamento de R$ 10.700, com a venda dos materiais recicláveis, como  PET, Plástico, Papelão, Papel, Vidro, Isopor, Alumínio, etc. 

Para a cooperada Ana Cláudia Ribeiro, 44 anos, o novo título da Cooperativa representa uma mudança importante para o grupo. “A gente vai ficar isenta de pagar impostos à Prefeitura, impostos são muito caros, e isso vai somar, vai ser muito bom mesmo para a gente. Como somos guerreiras, a gente lutou muito para isso acontecer, e, graças a Deus, chegou o dia. O trabalho é muito árduo, pegamos às 8h e não tem hora para largar. É cansativo mas é gratificante porque estamos fazendo um bem enorme à natureza, ao meio ambiente. E nós temos consciência disso”, contou ela. 

Em 2020, a cooperativa, através da Secretaria Executiva Inovação Urbana por meio do  Programa “Recicla Mais”, iniciou uma nova etapa do programa ao investir na implantação de máquinas de upcycling, passando a produzir e comercializar utensílios diversos. Transformam o lixo coletado, por exemplo, em copos, vasos, saboneteiras e fruteiras, que podem ser adquiridos pela população através de loja virtual. Desde agosto de 2020 já foram arrecadadas mais de 2 (duas) toneladas de plástico, material que seria descartado de forma irregular, poluindo o ecossistema da cidade.

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