Prefeitura do Recife lança projeto “Qualifica Atenção Básica” com foco nos usuários e servidores

Após anunciar, na manhã desta terça-feira (9), o “Recife Cuida”, investimento de quase R$ 400 milhões na reestruturação da Rede Municipal de Saúde, a Prefeitura do Recife lançou, na tarde de hoje, um projeto focado na valorização dos servidores e nos serviços oferecidos pela Atenção Básica aos recifenses. Com o “Qualifica Atenção Básica”, será possível implementar ações conjuntas e de apoio mútuo para o aperfeiçoamento das políticas públicas de saúde do município. O lançamento aconteceu no Auditório Capiba, no edifício-sede da Prefeitura do Recife.

A iniciativa, que está sendo realizada em uma parceria entre a Secretaria de Saúde do Recife e o Instituto de Estudos para Políticas de Saúde (IEPS), está estruturada em três propostas de trabalho que foram elaboradas a partir do mapeamento dos principais problemas da rede e suas respectivas causas. 

“O Qualifica Atenção Básica surgiu a partir de interpretações da própria Rede Municipal de Saúde. Fizemos várias oficinas envolvendo gestores e trabalhadores e, a partir disso, conseguimos ouvir e mapear as principais fragilidades enfrentadas no âmbito da atenção primária à saúde. Em seguida, junto com as pessoas que estão na ponta e com a gestão, pudemos criar os projetos que fazem parte do programa”, explica a secretária executiva de Atenção Básica do Recife, Juliana Martins.

A primeira proposta é o Recife Reconhece: um conjunto de estratégias para cuidar dos profissionais de saúde e valorizar as boas práticas na saúde. A primeira iniciativa deste grupo de trabalho foi o lançamento do edital “Recife Reconhece – I Exposição Integrada de Boas Práticas na Atenção Básica à Saúde” para promover o intercâmbio de conhecimentos e o compartilhamento de experiências inovadoras entre profissionais da Rede Municipal de Saúde. 

Já a Recife Monitora visa estabelecer um sistema de qualidade em saúde que facilita a gestão por resultados no nível de cada unidade da Atenção Básica, com o intuito de certificá-las em diferentes níveis. Esse modelo terá como base três eixos principais: autoavaliação de equipes de saúde; análise da satisfação do usuário e avaliação do desempenho das equipes. Dessa forma, será possível fortalecer os serviços oferecidos de maneira humanizada e eficaz.

Completando as propostas, a terceira delas é o Recife Experimenta, que visa implementar inovações assistenciais e de gestão co-criadas com a rede e voltadas para solucionar os desafios identificados na Atenção Básica. Inicialmente, serão trabalhadas algumas iniciativas em 16 unidades de saúde piloto envolvidas no projeto. São elas: facilitação do acesso – que vai mapear os processos de atendimento para poder torná-los mais ágeis e humanizados; cadastro com vínculo – desburocratizando o cadastro de novos usuários em um processo de formação de vínculo entre a equipe de saúde e a população; e matriz formativa – capacitando e estimulando práticas de excelência na condução de processos e integração com a equipe.

“Esse é um trabalho de equipe e os resultados só surgem quando sentimos que estamos todos juntos, focados no principal objetivo, que é melhorar a saúde prestada aos recifenses, fortalecendo o Sistema Único de Saúde (SUS). E, hoje, a gente já lança o Qualifica Atenção Básica com muita coisa feita, reforçando o nosso compromisso em tirar tudo isso do papel”, destaca a secretária de Saúde do Recife, Luciana Albuquerque. 

Durante o lançamento do programa, quatro trabalhos que participaram do “Recife Reconhece – I Exposição Integrada de Boas Práticas na Atenção Básica à Saúde” foram premiados. São eles: “Experiência da USF UR-3 com o Acesso Avançado”, da médica Damartine Naiane Barbosa Silva; “Inserção de DIU em Unidade Básica de Saúde: dificuldades e potencialidades”, do médico Magno José Oliveira Lima Cabral; “Experiência da USF UR-3 com o atendimento remoto via Whatsapp e telefone durante a pandemia”, da médica Claudia de Aguiar Maia Gomes; e “Tenda do Cuidado: promoção com Práticas Integrativas para profissionais da saúde durante a pandemia”, da agente comunitária de saúde (ACS) Maria Alice Bulhões de Farias.