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Prefeitura do Recife encerra 8ª Jornada Municipal de Direitos Humanos

A 8ª edição da Jornada de Direitos Humanos do Recife contou com mais de 60 atividades, realizadas entre os dias 20 de novembro e 10 de dezembro. A última ação foi o lançamento do livro “Heroínas desta história”, do Instituto Vladimir Herzog, no Recife. (Foto: Cortesia)

A 8ª edição da Jornada de Direitos Humanos da Prefeitura do Recife teve sua ação de encerramento nesta sexta-feira (10), Dia da Declaração Universal dos Direitos Humanos, com o lançamento do livro “Heroínas desta história – Mulheres em busca de justiça por familiares mortos pela ditadura”. O evento aconteceu no Monumento Tortura Nunca Mais, na Rua da Aurora. A programação da Jornada de Direitos Humanos contou com mais de 60 atividades, iniciadas no dia 20 de novembro, Dia da Consciência Negra. 

Além de parentes e amigos de pessoas desaparecidas, presas e perseguidas na época da ditadura militar, o evento contou com a presença de Ana Rita Suassuna, secretária de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos, e Marcelo Santa Cruz, irmão de desaparecido político e gerente de Articulação em Direitos Humanos, Memória e Verdade do Recife. Também estiveram presentes uma das organizadoras da publicação, a jornalista paulista Tatiana Merlino, e as jornalistas pernambucanas co-autoras da obra Silvia Bessa e Fabiana Moraes. 

“Para encerrar a 8ª Jornada de Direitos Humanos do Recife contamos com a parceria do Instituto Vladimir Herzog para lançar, no Recife, o livro ‘Heroínas desta história – Mulheres em busca de justiça por familiares mortos pela ditadura’. O foi importante para reforçar o debate sobre o direito à democracia, que está tão ameaçada atualmente no nosso país”, contou Ana Rita Suassuna, secretária de Desenvolvimento Sociais e Direitos Humanos do Recife.  

A obra “Mulheres desta história”,  do Instituto Vladimir Herzog em parceria com a Autêntica Editora, traz histórias e perfis de 15 mulheres que estiveram na linha de frente da resistência ao regime e da luta pela democracia durante a ditadura militar no Brasil. São as mães, esposas, filhas, irmãs e amigas de pessoas mortas por agentes da repressão. A história de cada uma delas é narrada por uma mulher diferente. Dentre as personagens, estão duas pernambucanas: Elzita Santa Cruz e Maria José de Araújo, mães de desaparecidos políticos – dona Elzita, de Fernando Santa Cruz, desaparecido no Rio de Janeiro em 1974; e dona Maria José, de Luís Almeida de Araújo, desaparecido em 1971, em São Paulo. Tais histórias são narradas por duas jornalistas pernambucanas: Silvia Bessa e Fabiana Moraes.

JORNADA – A 8ª edição da Jornada de Direitos Humanos da Prefeitura do Recife contou com mais de 60 atividades realizadas entre o dia 20 de novembro e dia 10 de dezembro, dia do aniversário de  73 anos da Declaração Universal dos Direitos Humanos.O principal objetivo da iniciativa é reunir e levar para todos os pontos da cidade diversos tipos de ações com temáticas relacionadas à igualdade racial, aos direitos da  criança e do adolescente, das pessoas idosas, das mulheres, das pessoas com deficiência, da população LGBTI , entre outros segmentos da sociedade. Realizada desde 2013, com exceção do ano de 2020 devido à pandemia, a Jornada de Direitos Humanos visa promover uma consciência cidadã, o respeito e o compromisso com a efetivação dos direitos humanos. 

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