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Prefeitura do Recife assina protocolo de intenções para ingresso em rede mundial de segurança alimentar

Anúncio foi feito durante II Seminário de Agroecologia Urbana do Recife, que reuniu especialistas de todo País na área de agricultura urbana

Realizado de forma totalmente online, nesta quinta-feira (7), o II Seminário de Agroecologia Urbana do Recife reuniu experiências em agricultura urbana de vários municípios brasileiros. Idealizado pela Secretaria Executiva de Agricultura Urbana do Recife – órgão ligado à Secretaria de Política Urbana e Licenciamento -, o evento marcou o anúncio da assinatura, por parte do prefeito João Campos, do protocolo de intenções para o ingresso do Recife na City Food Network, uma rede mundial de cooperação que visa a criação de um sistema alimentar urbano-regional sustentável. A iniciativa é do ICLEI (Governos Regionais pela Sustentabilidade).

A City Food tem como objetivo melhorar o acesso das populações urbanas e rurais a uma alimentação mais nutritiva e saudável, além de integrar grupos vulneráveis ao desenvolvimento econômico por meio da inclusão na produção, processamento e comercialização desses alimentos. Além do Brasil, a rede conta com municípios na Argentina e no Equador. O eventual ingresso na City Food vai possibilitar ao Recife um intercâmbio com todas as experiências desenvolvidas nesses locais.

O II Seminário de Agroecologia contou com apresentações das experiências em agricultura urbana das prefeituras de São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Campinas (SP), Londrina (PR) e Paulista, no Grande Recife. O projeto Ligue os Pontos, da Prefeitura de São Paulo, que visa  fortalecer a cadeia da agricultura urbana com o uso da tecnologia como ferramenta de integração, foi apresentado pela analista de políticas públicas Lia Palm. “Apesar de sermos conhecidos como a Selva de Pedra, temos 30% de território rural, e essa iniciativa vem tendo grande sucesso para garantir segurança alimentar”, comenta.

O secretário de Meio Ambiente do Rio de Janeiro, Lucas Padilha, destacou o projeto Hortas Cariocas, que conta com 49 unidades, 24 das quais em comunidades de baixa rede e 25 dentro da rede municipal de educação. “Nossa decisão é de encarar a pobreza e a favelização da cidade não como uma questão que impede, mas que potencializa a agroecologia”, explica Padilha.

O Secretário de Política Urbana e Licenciamento, Leonardo Bacelar, destacou a importância da troca de experiências e falou dos projetos desenvolvidos no Recife. “A premissa principal é garantir o direito à alimentação, uma vez que ainda vivemos em um contexto de grande desigualdade. Para isso avançamos com o Plano de Agroecologia e vamos continuar trocando informações e conhecendo boas experiências na área”.

A Secretária Executiva de Agricultura Urbana, Adriana Figueira, encerrou o evento agradecendo pela experiência. “Conhecemos ótimas iniciativas, políticas públicas já consolidadas e refletimos sobre o que já vem sendo feito. Tudo vai ajudar na construção coletiva para a Política de Agroecologia Urbana do Recife”.

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