No carnaval, comportamento no trânsito é decisivo para salvar vidas. De acordo com a CTTU, excesso de velocidade e dirigir sob efeito de álcool são atitudes que podem levar à morte. Confira orientações aos condutores
Para promover a segurança viária das pessoas durante o Carnaval 2024, a Prefeitura do Recife, por meio da Autarquia de Trânsito e Transporte Urbano (CTTU), faz o alerta aos condutores quanto aos principais fatores de risco de sinistros graves. As equipes de fiscalização e operação de trânsito serão reforçadas durante todo o período da festa para orientar os motoristas e coibir más condutas. O excesso de velocidade e a atitude de beber e dirigir são os principais pontos de atenção para o período da folia porque podem causar e agravar as ocorrências.
“Sabemos que a Organização Mundial da Saúde elenca cinco principais fatores de risco, e no período de carnaval aumenta o fluxo de pessoas nas ruas em função de eventos e blocos carnavalescos e assim os condutores precisam reforçar sua atenção. Pelo menos dois principais comportamentos devem ser evitados: o excesso de velocidade, sobretudo nas vias onde há redução do fluxo de veículos, o cenário poderá estimular o aumento da velocidade e, consequentemente, aumentar o risco de um sinistro; o segundo é o de dirigir sob o efeito de álcool e outras drogas, comportamento que prejudica a capacidade de conduzir o veículo”, explica a presidente da CTTU, Taciana Ferreira.
Confira, abaixo, o risco de más condutas no trânsito:
EXCESSO DE VELOCIDADE – Considerado como o principal fator de risco para sinistros de trânsito graves, o excesso de velocidade é o responsável por mais de 50% das mortes e pelo agravamento de diversas ocorrências de trânsito. Nas áreas com grande número de foliões, a CTTU fará isolamento para serem exclusivas para os pedestres, com o objetivo de evitar atropelamentos. Ainda assim, nos locais onde não há festa, é registrado uma diminuição do fluxo de veículos, o que pode ser visto como oportunidade para acelerar.
Esse é um grande risco que se corre. Um atropelamento, por exemplo, a 70 km/h pode chegar a 100% de chance de morte da vítima. Quanto maior a velocidade, maior a distância que o veículo vai percorrer até conseguir frear. Além disso, a velocidade elevada afeta a visão periférica do condutor, o que faz diminuir a percepção do seu entorno.
USO DE ÁLCOOL E OUTRAS DROGAS AO DIRIGIR – Estima-se que, durante a folia, o consumo de álcool seja maior devido à festividade. O risco de sofrer um sinistro fatal no trânsito é 17 vezes maior para uma pessoa dirigindo sob efeito de bebida alcoólica do que para um condutor sóbrio. É necessário que o folião se organize para não dirigir após o uso dessa e de outras substâncias, isso porque o consumo de álcool, mesmo em quantidades relativamente pequenas, aumenta o risco de envolvimento em sinistros de trânsito.
Além de provocar a deterioração de funções indispensáveis à segurança ao volante, como a visão e os reflexos, o álcool diminui também a capacidade de discernimento, estando em geral associado a outros comportamentos de risco, como excesso de velocidade e inobservância do uso de cinto de segurança e do capacete.
De acordo com a OMS, a possibilidade de um sinistro ocorrer quando o nível da alcoolemia atinge 0,10 g/100 ml é cinco vezes maior do que em relação a nenhuma ingestão de álcool. Já com uma concentração de álcool no sangue de 0,24 g/100 ml o risco de um sinistro aumenta 140 vezes em relação à alcoolemia zero.
USO DE CELULAR AO DIRIGIR – Os condutores que usam celulares enquanto dirigem têm cerca de quatro vezes mais chances de estarem envolvidos em um sinistro. Existem muitos tipos de distrações que podem levar a uma condução prejudicada, mas os celulares são a mais recorrentes. É importante estar atento e utilizar o equipamento apenas com o veículo parado e estacionado. A distração causada por celulares é uma preocupação crescente para a segurança no trânsito. O uso de um telefone ao dirigir diminui os tempos de reação (principalmente o tempo para iniciar a frenagem, mas também para seguir os sinais de trânsito) e dificulta que o condutor mantenha o carro na pista correta e guarde as distâncias de segurança. A opção de viva-voz nos veículos não é muito mais segura do que os telefones à mão e as mensagens de texto durante a direção aumentam consideravelmente o risco de um sinistro.