Na última quinta-feira (19), a prefeita de Olinda, Mirella Almeida (PSD), e seu vice, Chiquinho (Solidariedade), se tornaram alvos de um pedido de impeachment protocolado na Câmara Municipal. A iniciativa partiu do advogado Antônio Campos, que fundamentou a denúncia no Decreto-Lei nº 201/1967, acusando a gestora de descumprir normas de transparência durante o período de transição de mandato.
Segundo Campos, a Prefeitura teria ignorado pedidos formais de acesso às informações da Comissão de Transição, como relatórios financeiros atualizados do município — incluindo dívidas, valores a receber e restos a pagar para 2025. O pedido de acesso às informações foi embasado na Lei de Acesso à Informação e na Constituição Federal, mas não houve resposta por parte da prefeita, o que o denunciante considera uma infração político-administrativa.
Para o advogado, a omissão compromete a lisura da gestão e representa uma violação aos princípios da responsabilidade pública. O pedido requer a notificação dos denunciados, a instalação de uma Comissão Processante e, caso haja indícios de crime ou improbidade, o envio das informações ao Ministério Público de Pernambuco.
Agora, a decisão está nas mãos dos vereadores de Olinda, que devem avaliar se acolhem a denúncia e instalam o processo de apuração dos fatos. Nos bastidores, o clima político já se mostra tenso. Fontes indicam que a relação da prefeita com o Legislativo municipal não é das melhores, o que pode influenciar na tramitação do pedido.
A dificuldade da gestão em responder aos requerimentos e manter o diálogo institucional preocupa aliados e intensifica a crise política que se desenha no município.
Fonte: Diário de Olinda (@diariodeolinda.pe)