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PP fica com Danilo, leva o PROS e vai comandar Ceasa, Porto do Recife e pastas

O martelo foi batido em reunião na noite desta sexta-feira (01). Foram à mesa, o vice-presidente do PP-PE, Lula da Fonte, que é herdeiro do deputado federal Eduardo da Fonte, presidente a legenda no Estado, Bruno Rodrigues, presidente do PROS em Pernambuco, e Danilo Cabral, pré-candidato ao Palácio das Princesas pelo PSB. O encontro se deu em Gravatá, no Agreste, e destinou-se a selar o apoio do PP e do PROS ao PSB.

Com o movimento, como a coluna cantara a pedra ainda em meados de junho, Bruno deixa a coordenação da campanha da pré-candidata do Solidariedade ao Palácio das Princesas, Marília Arraes. À coluna, Eduardo da Fonte, que se inclinara a apoiar Marília, já havia adiantado o seguinte: “O PP e o PROS vão caminhar juntos na decisão que tomar”. Eduardo se encontrava em agenda em Lajedo, nesta sexta (01), e por isso não esteve no jantar.

A costura que sacramentou a permanência do PP na Frente Popular envolveu um rearranjo de espaços na gestão Paulo Câmara. A secretaria de Desenvolvimento Agrário volta ao comando do PP e terá como titular Cláudio Asfora, irmão do prefeito de Brejo da Madre de Deus, Roberto Asfora. A pasta de Prevenção à Violência e às Drogas, até então sob comando de Cloves Benevides, passa a ter como titular Humberto Arraes, filho da deputada estadual Roberta Arraes.

A troca consolida uma demanda antiga do PP após atrito interno na sigla. Os progressistas, há muito, haviam sinalizado, ao Palácio das Princesas, que Cloves já não representava a legenda, mas não haviam obtido resposta. As nomeações dos dois novos secretários serão publicadas já no Diário Ofical deste sábado (02).

De novidade maior na cota do PP, passam a constar a Ceasa, até então, sob o comando de Gistavo Melo, que será substituído por Bruno Rodrigues, e o Porto do Recife, que encontrava-se na cota do presidenciável Luciano Bivar e, agora, será presidido por Tito Moraes. O IPA, que teve Kaio Maniçoba à frente, passa, agora, ao comando de Bartolomeu Monteiro.

Essa rearrumação toda possibilitou ao PSB assegurar que o PP não deixasse a aliança. O partido ensaiou declarar apoio a Marília Arraes e a ida de Bruno Rodrigues para a coordenação dela foi lida dentro do Governo do Estado, na ocasião, como uma senha, inclusive, de que o PP iria junto na sequência devido à relação estreita e antiga de Bruno Rodrigues com os progressistas. Ao contemplar o PP, o PSB provocou provocou dois desfalques de uma só vez na campanha de Marília Arraes, além do marqueteiro.

Pé de guerra


A rearrumação para contemplar o PP provocou racha interno no PSB. Há incômodo latente, nas coxias, de uma ala socialista, com a dimensão conferida aos progressistas. No entanto, os mais moderados lembram que, de novo, na cota de Eduardo da Fonte, há, agora, só mesmo a Ceasa e o Porto do Recife. Os demais já eram da sigla e haviam sido subtraídos pelo próprio PSB.

Escapuliu > O PP possui 10 deputados na Alepe e a maioria já queria marchar com Danilo Cabral. O partido tem ainda 20 prefeitos filiados e mais seis que marcham junto com seu conjunto. Ver esse exército escapar, definem parlamentares, representa “atrapalho significativo” à Marília Arraes. 

Previsão > A agenda que seria realizada ontem, no Palácio das Princesas, com Lula da Fonte, Danilo e Paulo Câmara, não ocorreu devido às fortes chuvas que impediram a presença dos prefeitos.

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Fonte: Folha PE
Autor: Renata Bezerra de Melo

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