Antes do adeus ao Rei Pelé, o Brasil já tinha perdido outros 27 jogadores que foram campeões mundiais pela Seleção. Nessa terça-feira, o maior jogador do mundo arrastou uma multidão pelas ruas de Santos após seu velório na Vila Belmiro. Mas o reconhecimento merecido pelos craques nem sempre é do tamanho adequado. Um desses exemplos foi visto em 2019, quando o ex-lateral esquerdo Altair, vencedor no Chile com a amarelinha em 1962, foi enterrado diante de apenas 18 pessoas.
Vestido com uma camisa da Seleção Brasileira, Altair foi enterrado no Cemitério do Maruí, no subúrbio de Niterói-RJ, no dia 9 de agosto de 2019. O ex-lateral morreu aos 81 anos, em São Gonçalo, por causa de um problema pulmonar cuidado desde maio do mesmo ano.
Entre familiares e amigos, apenas 18 pessoas compareceram ao enterro do campeão mundial de 62. O único a jogar com Altair que apareceu foi o melhor amigo do ex-lateral, Jair Marinho, que também foi um dos atletas a conquistar o mundial do Chile.
Altair é ídolo do Fluminense e o quarto jogador com mais partidas pelo tricolor, com 551 jogos. No clube carioca, ele conquistou três títulos estaduais (1959, 1964 e 1969) e dois Torneios Rio-São Paulo (1957 e 1960).
No dia do enterro de Altair, o Fluminense não enviou nenhum representante e apenas publicou uma nota em homenagem ao ex-campeão.
Na época, a CBF determinou um minuto de silêncio em todas as partidas da rodada do fim de semana em homenagem a Altair e enviou uma coroa de flores, único adereço no velório.
Nesta última terça-feira, um dos pontos que chamou a atenção no velório de Pelé foi o fato de que nenhum dos jogadores campeões do mundo pela seleção brasileira em 1994 e 2002 foi prestar homenagens, além de outros ídolos da atualidade que também não compareceram. O maior jogador de futebol do mundo foi sepultado no Memorial Necrópole Ecumênica, em Santos.
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Fonte: Folha PE