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Pelé na visão dos súditos

Jogar ao lado de um Rei é para poucos. Súditos, diga-se, que também tinham seu próprio reinado em outros terrenos, mas que diante de Pelé, precisavam descer um degrau. A Folha de Pernambuco reuniu declarações de ex-atletas que já dividiram o gramado, contra e a favor, com o eterno camisa 10 do Brasil.

“Eu cheguei esperando parar um grande homem, mas fui embora convencido de que havia sido destruído por alguém que não nasceu no mesmo planeta que o restante de nós” –  Costa Pereira, goleiro do Benfica, após o time português perder por 5×2 para o Santos, no Mundial de Clubes de 1962.

“Pelé foi o jogador mais completo que eu já vi. Bom com os dois pés. Magia no ar. Rápido. Forte. Podia vencer qualquer um com sua habilidade. Podia correr mais que os outros. Só 1.73m de altura, mas parecia um gigante em campo. Equilíbrio perfeito e visão impossível” –  Bobby Moore, campeão da Copa pela Inglaterra, em 1966.

“Quando vi Pelé jogar, me fez sentir que eu deveria pendurar as chuteiras” – Just Fontaine, artilheiro da Copa do Mundo de 1958, a primeira vencida pelo Brasil.

“Eu disse a mim mesmo antes do jogo: ‘ele é feito de carne e osso como todos nós’. Eu estava errado” – Tarcisio Burgnich, que (tentou) marcou Pelé na final da Copa de 1970, no México.

“Subimos juntos, fora do tempo, para cabecear uma bola. Eu era mais alto e tinha mais impulsão. Quando desci ao chão, olhei para cima, perplexo. Pelé ainda estava lá, no alto, cabeceando a bola. Parecia que podia ficar no ar o tempo que quisesse” – Fachetti, zagueiro italiano na Copa do México, em 1970.

“Ele é o jogador mais completo que eu já vi” – Franz Beckenbauer, o maior jogador da história da Alemanha

“Na cabeça de muito jogador não passa nada no momento de fazer uma jogada. Na cabeça de Pelé passa um longa metragem” – Nilton Santos, lateral-esquerdo bicampeão mundial em 1958/1962.

“Pelé entrava em campo com corpo, genialidade, alma e coração. Ele desequilibrou o mundo” – Gylmar, goleiro bicampeão mundial pelo Santos e pela Seleção Brasileira.

“Seu futebol não admitia excessos, enfeites nem faltas. Ele quase não fazia embaixadas, não driblava para os lados, mas sempre em direção ao gol. Quando tentavam derrubá-lo, não caía, devido à sua estupenda massa muscular e equilíbrio” – Tostão, companheiro de ataque na Copa de 1970.

“Em alguns países as pessoas queriam tocá-lo, em outros queriam beijá-lo. Em outros até beijaram o chão que ele pisava” – Clodoaldo, ídolo do Santos e campeão do mundo com a Seleção Brasileira em 1970.

“O grande segredo dele era o improviso, aquelas coisas que ele fazia do nada. Ele tinha uma percepção extraordinária do futebol” – Carlos Alberto Torres, capitão da Seleção Brasileira no Mundial de 1970 e companheiro de Pelé no Santos e no Cosmos.

“Quando o Pelé chegou ao Santos, falaram que seria o melhor jogador do Brasil. Erraram, foi do mundo” – Pepe, maior artilheiro da história do Santos depois de Pelé.

Fonte: Folha PE

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