PE: no Sertão, homens são levados a delegacias por suspeita de crimes eleitorais; entenda

Durante a Operação Eleições 2022, nesse domingo (2), destinada a coibir a prática de crimes eleitorais, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) flagrou casos suspeitos no Sertão de Pernambuco.

Segundo a polícia, um homem foi pego gravando o voto na urna e um motorista estaria transportando eleitores ilegalmente. 

No primeiro caso, um eleitor foi parar na delegacia em Petrolina ao ser flagrado por um fiscal eleitoral gravando com celular o seu voto na urna eletrônica. 

De acordo com a PRF, que foi acionada para a ocorrência, a tentativa de violação do sigilo do voto aconteceu na seção 200 da Zona 144, localizada em uma escola no Centro de Petrolina.

A proibição do uso de aparelhos celulares nos locais de votação já havia sido amplamente divulgada pela imprensa e pela Justiça Eleitoral. A legislação eleitoral traz a prática e até mesmo a tentativa de violar o sigilo do voto como crime.

Ainda segundo a PRF, o eleitor confessou aos policias o uso do celular para registrar em vídeo suas opções de candidatos enquanto digitava os números na urna eletrônica. O homem e o celular foram levados para a Delegacia de Polícia Civil.

Transporte de eleitores


No segundo caso, que ocorreu em Salgueiro, um motorista suspeito de transportar eleitores ilegalmente para locais de votação foi detido. O flagrante foi na BR-116.

De acordo com a PRF, o homem conduzia passageiros em um furgão, que também transportava cerca de 400 santinhos e adesivos de diversos candidatos.

Aos policiais, o motorista disse que havia saído do distrito de Santa Rosa, na Zona Rural de Serrita, também no Sertão, para buscar parentes que iriam votar naquela região. “Ele alegou ainda que estava prestando um favor ao prefeito da  localidade”, disse a PRF.

Os passageiros informaram que a finalidade da viagem era votar nas eleições em Santa Rosa e um deles disse que já havia realizado o voto na cidade de Salgueiro, além de acompanhar sua esposa para votar naquele distrito. Eles também afirmaram que eram parentes do condutor e não pagaram nada pelo transporte.

Diante da suspeita da prática do crime eleitoral de transporte ilegal de eleitores, o motorista foi encaminhado à Delegacia de Polícia Federal de Salgueiro.

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