Ficou agendada para a próxima terça-feira (15) a reunião da executiva estadual do PT, destinada ao debate da posição do partido na chapa majoritária a ser encabeçada pelo PSB em Pernambuco. Como a coluna cantara a pedra, o senador Humberto Costa, após abrir mão de concorrer ao Palácio das Princesas em nome da unidade, solicitou, na última sexta-feira (04), ao ex-presidente Lula e à presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, que o assunto relativo à vaga do Senado, agora, pudesse ser resolvido no Estado sem intervenção da nacional.
Obteve, de volta, aceno positivo. E é, exatamente, esse ponto que, na visão de aliados, pode gerar um quiprocó daqui para frente. Em outras palavras, o PT passou a pleitear, como plano B, a vaga para a Casa Alta, mas não há ainda na legenda um consenso em torno de um nome a ser apresentado.
Diante do histórico dos petistas em relação a rachas internos, na base do Governo do Estado, uma tese começa a ganhar fôlego nos bastidores: a de que, em eventual falta de entendimento nas hostes petistas, Paulo Câmara pode surgir como único capaz de unificar a Frente Popular em torno da questão do Senado.
Em outras palavras, na aliança governista, fontes de legendas variadas já não descartam que o nome do governador volte a circular como alternativa para o Senado. A depender da dificuldade do PT para entrar em acordo, Paulo ressurgiria como uma espécie de “tercius”.
Essa possibilidade não está descartada, relatam, à coluna, personagens envolvidos nas articulações. Antes de o governador começar a informar, aos partidos da frente, que ficaria na cadeira até o final do mandato, os nomes cotados para concorrerem à Casa Alta já vinham sinalizando que não fariam objeção alguma, caso fosse necessário abrir mão em prol do chefe do Executivo estadual.
O movimento, no entanto, era considerado, até então, para o caso de o PSB optar pelo Senado na chapa. O detalhe é que ele, agora, vigora como hipótese mesmo para o caso de uma chapa “pão com pão”. Leia-se: se o PSB estiver na cabeça e também na vaga do Senado.
Essa construção passou a ser ventilada em conversas reservadas nos últimos dias, considerando as alternativas de cogitadas pelo PT: Marília Arraes, Carlos Veras e Odacy Amorim. Há uma bolsa de apostas, na aliança governista, dando conta de que, nessas circunstâncias, o nome escolhido pode acabar não sendo do PT.
E, na esteira desse raciocínio, há uma corrente avaliando que a variável Paulo Câmara, antes sem amparo suficiente no PSB para estar na chapa como candidato ao Senado, pode acabar se configurando, agora, como a única capaz de unir.
Após farpas, PT e PSB voltam à mesa
Está marcada para esta quinta (10), às 14h, a terceira reunião sobre federação entre PSB, PT, PCdoB e PV. O encontro será de forma presencial e virtual, sediado no PSB nacional. O debate se dará dois dias após Siqueira e José Guimarães, um dos vice-presidentes nacionais do PT, trocarem farpas em relação ao tema.
Tête-à-tête > Como coordenadora nacional do setorial de educação do PT, a deputada estadual Teresa Leitão embarcou para São Paulo, onde esteve em reunião, ontem pela manhã, da qual também participou o ex-presidente Lula.
No ninho > À coluna, Luciano Bivar havia declarado que poderia concorrer ao Planalto pelo União Brasil. Ontem, o TSE chancelou a sigla, que atuará, na disputa, junto com o MDB.
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Fonte: Folha PE
Autor: Renata Bezerra de Melo