Coube ao presidente nacional do Solidariedade, Paulinho da Força, fazer a fala incial e introduzir que a deputada Marília Arraes vai disputar o Governo do Estado pelo seu partido.
Ela falou em seguida, repisando, por várias vezes, que estaria incondicionalmente com o ex-presidente Lula ao longo da campanha campanha.
O dirigente nacional cuidou de realçar a boa relação, inclusive de amizade, com o líder-mor do PT. À coluna, Paulinho informou que não houve, no entanto, conversa prévia com Lula para amarrar a filiação de Marília, que assinou a ficha ontem, no Recife, sacramentando a saída do PT.
“Primeiro que eu não conversei com Lula nessa semana, e tudo se desenvolveu nessa semana. Devo conversar nos próximos dias”, explicou o dirigente.
E emendou: “Em nenhum momento, ele me ligou para me dizer: ‘Olha, vai ser assim, ou vai ser assim'”.
Paulinho fez a colocação ao ser indagado se o partido, aliado do PT nacionalmente, não estaria indo para o confronto com a sigla em Pernambuco, ao lançar um palanque paralelo ao que os petistas vão subir no Estado, que é o do PSB.
“Portanto, não tem essa possibilidade (de confronto). Eu acho que ele jamais vai me pedir isso porque, numa eleição, você precisa de apoio e ninguém recusa apoio. Então, ele sabe da importância do Solidariedade, da importância da Força Sindical, que também, de certa maneira, eu tenho muita influência. Portanto, acho que o Lula não me pedirá isso (para não armar palanque próprio)”.
A conversa de Paulinho com Lula ainda não foi marcada. Deve ocorrer após a janela partidária. “Então, a partir de abril, a gente começa conversações para acertar alianças definitivas”, diz o dirigente. Se Lula não subir no palanque de Marília, isso vai incomodar? “Eu não acredito que ele não subirá”, devolve.
E prossegue: “O PSB é aliado dele, o Solidariedade também. Portanto, vai ter que ter tratamento igual, isonômico”. Lula, então, sobe no palanque de Marília? “Acredito que sim. Vamos trabalhar para isso”, assinala.
Ao PSB, a direção nacional do PT deu garantias, nos últimos dias, de que Lula só terá uma palanque no Estado, o de Danilo Cabral. “Numa eleição, você precisa de apoios e ninguém recusa apoios”, grifa Paulinho.
Juridicamente x Politicamente
Ao tratar do uso das imagens de Lula em sua campanha, Marília Arraes disse que “juridicamente” estava resguardada porque o partido naciolnamente está coligado com o PT. Na sequência, no entanto, sublinhou que “politicamente” é o que vale e que, sendo assim, apoia o líder-mor do PT incondicionalmente.
Espólio > À coluna, Marília Arraes não descartou lançar sua irmã, Maria Arraes, candidata a deputada federal, como a coluna cantara a pedra. Maria acompanhou o ato de filiação.
Radar > Paulinho da Força tinha encontros marcados com Mendonça Filho e com Carlos Lupi. À coluna, considerou haver “alternativas” para Wolney Queiroz: “Ele pode ir para o Senado”.
Maratona 1 > Wolney começou o dia num café com Miguel Coelho. Com Lupi, esteve com Paulinho da Força e Marília Arraes no final da manhã e, com Paulo Câmara e João Campos, à tarde.
Maratona 2 > Lupi deixou o Palácio das Princesas e seguiu para o aeroporto, onde teve conversa com Raquel Lyra. Não está descartado a tucana ajudar na articulação da chapa do PDT.
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Fonte: Folha PE
Autor: Renata Bezerra de Melo
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