O Partido Novo pediu ao Ministério Público que processe criminalmente o ministro das Comunicações, Juscelino Filho, por emprego irregular de verbas públicas e por defesa de interesses particulares no exercício da sua função pública.
O Novo denuncia a utilização de emendas parlamentares para a construção de estradas que dão acesso às fazendas do ministro na cidade de Vitorino Freire, no Maranhão.
As emendas de mais de R$ 7 milhões vieram da Codevasf, em 2020, e foram repassadas para a Prefeitura da cidade, que tem sua irmã como prefeita.
O Partido Novo também está questionando a viagem do ministro em um avião da Força Aérea Brasileira, de Brasília para São Paulo, para participar de leilões de cavalos.
A viagem ocorreu no final de janeiro. Nos dias 26 e 27 daquele mês, o ministro tinha agenda oficial na capital paulista. Mas no final de semana, dias 28 e 29, o ministro teria se dedicado apenas aos leilões de cavalos, tendo recebido diárias pagas pelo governo durante toda sua estadia.
As denúncias tiveram como base matérias do jornal Estado de São Paulo.
O ministério das Comunicações divulgou uma nota reafirmando que Juscelino cumpriu agendas oficiais nos dias 26 e 27 de janeiro com a operadora Claro e com reuniões com a equipe da Telebras e Anatel.
Juscelino afirma que o uso do avião da FAB seguiu parâmetros técnicos e legais estabelecidos para uso da aeronave.
O Ministério das Comunicações ainda reforçou que o ministro determinou apuração imediata dos procedimentos administrativos utilizados para viagem. A pasta diz que o pagamento das diárias nos finais de semana ocorreram de forma automática, de maneira equivocada. Sendo que o ministro já devolveu os valores das diárias pagas para os dias que ele não tinha agenda oficial.
A assessoria não se manifestou sobre o repasse de emendas parlamentares enquanto o ministro exercia o mandato de deputado federal.
O presidente Lula já afirmou que aguarda explicações do ministro Juscelino Filho nesta segunda-feira (6). Além do partido Novo, vários parlamentares e diversas entidades da sociedade civil também pediram a saída do ministro.
Fonte: Agência Brasil
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