FOTO: NAJARA ARAUJO/CÂMARA DOS DEPUTADOS
O partido Novo anunciou nesta quarta-feira (1º) que vai devolver ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) os recursos do fundo eleitoral, o popular fundão, que receberia para financiar as campanhas das eleições deste ano. A sigla teria direito a R$ 87,7 milhões. Esse valor não poderá ser redistribuído entre os demais partidos e voltará para os cofres públicos.
“Se tem algo que reúne todos nós aqui, que nos fez entrar na política, foi a indignação. E um dos elementos que mais instigam essa nossa indignação é, sem dúvida nenhuma, o caminhão de dinheiro que este país coloca para fazer campanha eleitoral de cada um dos nossos cidadãos brasileiros, através do famoso fundão eleitoral. Esse fundo eleitoral representa tudo aquilo que nós queremos combater na política”, disse o deputado Tiago Mitraud (MG), líder do Novo na Câmara.
Neste ano, o fundo eleitoral será de R$ 4,9 bilhões, valor bem superior ao que foi utilizado em 2018 e 2020, quando o fundão foi de R$ 1,7 bilhão e R$ 2 bilhões, respectivamente. Presidente nacional do partido, Eduardo Ribeiro ponderou que esses recursos pertencem ao povo brasileiro e deveriam ser utilizados em políticas públicas, não para financiar campanhas eleitorais.
“O Brasil é de longe o país que mais gasta dinheiro público com campanhas eleitorais. E já foi provado por A mais B que o fundo eleitoral só serve para manter a mesma oligarquia no poder. Existem três certezas na vida. A morte, os impostos e que o Congresso vai aumentar o fundo eleitoral. Nossa bancada vai continuar lutando para extingui-lo”, afirmou.
Pré-candidato à Presidência da República pelo Novo, Luiz Felipe D’Avila também criticou o fundão. “O dinheiro público arrecadado por meio dos impostos tem de retornar para o cidadão, para melhoria da qualidade do serviço público, da educação, da saúde, da segurança, da moradia. Esse é o propósito para utilizar o dinheiro público arrecadado por meio dos impostos. E não financiar campanha política de partidos que estão distantes da sociedade.”