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Para Elias Gomes, Lula precisará fazer um governo democrático de “União Nacional”

Estamos jogando os momentos decisivos desta eleição, enquanto o bolsonarismo demonstra apetite e euforia para implantar uma “ditadura através da democracia” operando com força total em todas as frentes, inclusive no meio evangélico, transformando as igrejas em comitês de campanha e os púlpitos em palanques, é preciso um movimento impactante nesse grande jogo de xadrez. É inadiável a ousadia e o compromisso de sinalizar com a “Construção de um Governo de Coalizão ou União Nacional” distensionando esse clima que não deve permanecer para o bem do país e da governabilidade pós eleição.

O momento exige ainda mais ações concretas, compromissos objetivos com a futura construção desse governo que deverá cumprir o papel de reunificar a Nação, através das forças sociais e políticas, reunindo partidos, lideranças, intelectuais, militares comprometidos com a democracia, trabalhadores e organizações sociais.

Seria o caso de, garantindo o legítimo e necessário espaço da esquerda, conduzir o eventual futuro governo para o centro, com a indispensável e pujante responsabilidade social que possa enfrentar as graves desigualdades sociais e regionais com a refundação da SUDENE por exemplo, assim como outros organismos regionais, bem como dos mecanismos de desenvolvimento para a região com foco no semi-árido nordestino, onde residem os piores índices sociais e econômicos, sem abrir mão da responsabilidade fiscal, moderna e sensível, desonerando áreas importantes, acabando com os privilégios tributários e tributando setores favorecidos tributariamente ( reforma tributária ), garantindo a capacidade de investimento da União.

Um governo de participação ampla do povo e de representantes das forças que lhe dão apoio.

É necessário ao meu ver, buscar no meio político e na sociedade, personalidades, intelectuais e agentes políticos talentosos, destacados em suas áreas para compor um governo contemporâneo do futuro e comprometido com os desafios que o mundo moderno impõe. É ir buscar no sul, um novo Pedro Simon, em Minas um “Aureliano Chaves”, no sudeste um “Fernando Henrique” que fez a diferença no governo Itamar, no nordeste um Tasso Jeresaeti, no agro negócio uma Simone Tebet, na academia um Cristovam Buarque, nas forças armadas um Santos Cruz, no judiciário um Joaquim Barbosa, nos esportes um Raí, enfim sinalizar para a sociedade brasileira que teremos um governo amplo, plural, comprometido com a democracia e a boa governança.

Sim, embora nos regimes democráticos mais avançados, seja comum um civil cuidar do ministério da defesa, proponho um militar civilizado e democrático que não flerte com golpes ou autoritarismo para fazer uma necessária transição da militarização implantada por Bolsonaro ao domínio da sociedade na governança brasileira, desmilitarizando o país, mas ao mesmo tempo sinalizando com a importância das nossas forças armadas na superação da sofrida crise institucional, política e social em que estamos mergulhados e que exige o esforço, dedicação de todos e todas brasileiros e brasileiras dos segmentos civil e militar para a sua superação.

Precisamos ser mais explícitos e dar nome aos bois, enquanto eles tentam fazer passar a boiada.

Elias Gomes foi prefeito do Cabo de Santo Agostinho e Jaboatão dos Guararapes

Fonte: Blog do Jorge Lemos
Foto: Divulgação

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