Nos próximos dias 7 e 8 de novembro, a Orquestra Sinfônica do Recife oferecerá dois concertos históricos à cidade. Pela primeira vez, o conjunto sinfônico, fundado em 1930 e mantido pela Prefeitura do Recife, por meio da Secretaria de Cultura e da Fundação de Cultura Cidade do Recife, irá se apresentar sob a regência de uma mulher. A maestrina convidada para fazer as duas apresentações é Rosemary Oliveira, que, além de regente, é musicoterapeuta, multi-instrumentista e professora de música.
Entre as composições que a Orquestra executará sob inédita batuta feminina, estarão “Se vuol ballare”, “Voi, Chhe Sapete” e “Cinque…diece…venti…trenta”, de Mozart. E “Missa Armorial”, de Capiba.
As apresentações fazem parte da temporada 2023 de concertos oficiais da Orquestra Sinfônica. São programações gratuitas e abertas ao público, oferecidas no Teatro de Santa Isabel, sempre a partir das 20h. Os ingressos serão distribuídos no site https://conecta.recife.pe.gov.br/ e na bilheteria do Teatro, a partir do dia 6 de novembro.
Antes que Rosemary entre para a posteridade da Orquestra e da música erudita recifense, o conjunto orquestral tem dois outros encontros marcados com a cidade, nos próximos dias 24 e 25 de outubro, também às 20h, sob a regência de José Renato Accioly.
Os concertos terão participação especial do pianista, natural de Gravatá, Luis Felipe Oliveira e contarão com três peças no programa: “Concerto para piano nº 20”, de Mozart, a emblemática “Pássaro de Fogo”, de Stravinsky, e “Fantasia” em dó menor, do pernambucano W. Mesquita, que fará sua estreia no repertório da Orquestra.
Sobre a maestrina – Bacharel em Música e licenciada em educação Musical, Rosemary Oliveira é formada em violão clássico pelo Conservatório Pernambucano de Música. É ainda mestranda em Regência pela Universidade do Texas USA, com passagens por masterclasses na França, Áustria, Alemanha e Estados Unidos. Atualmente, é maestrina e vice-presidente do projeto Aria Social.
Sobre a Orquestra – A Orquestra Sinfônica do Recife foi fundada no dia 30 de julho de 1930, por Walter Cox, pelo compositor Ernani Braga e por Vicente Fittipaldi, seu primeiro maestro, que permaneceu à frente do conjunto sinfônico até 1961. À época, denominava-se Orquestra Sinfônica de Concertos Populares e só em 1949, quando vinculou-se à gestão municipal, passou a se chamar Orquestra Sinfônica do Recife.
Além de Fittipaldi, já teve como regentes: Mário Câncio (1962-1974); Guedes Peixoto (1975-1984); Eleazar de Carvalho (1985-1988); Eugene Egan(1989); Arlindo Teixeira (1991), Diogo Pacheco (1992); Carlos Veiga (1993-2000); Osman Giuseppe Gioia (2001-2013); e Marlos Nobre (2013-2020).
No dia 8 de outubro de 2018, foi declarada Patrimônio Cultural Imaterial da capital pernambucana, a partir de proposição da Câmara do Recife, sancionada pelo poder público municipal.
Nesta temporada em curso, de 2023, às vésperas de completar 100 anos, passou a disponibilizar ingressos pela internet e ganhou mais de 20 novos integrantes, após seleção feita pela Prefeitura do Recife, em 2022, num esforço de recomposição de quase 30% de seus integrantes.
Maestrina convidada para reger o conjunto orquestral mantido pela Prefeitura do Recife, nos próximos dias 7 e 8 de novembro, é Rosemary Oliveira. Antes, nos próximos dias 24 e 25 de outubro, haverá outros dois concertos gratuitos, sob a regência do maestro José Renato Accioly. (Foto: Brenda Alcântara/Arquivo PCR)