De acordo com a companhia, a medida foi necessária para que fosse realizado um trabalho de manutenção mais efetivo. Foram detectados novos problemas devido ao roubo de cabos na região. A companhia também afirmou que ficou em contato com o Grande Recife Consórcio de Transporte para que a oferta de linhas de ônibus seja ampliada.
Em nota, o Grande Recife informou que ativou um plano de contingência com o reforço das linhas 200 – TI Jaboatão (Parador) para quem utiliza o Ramal Jaboatão e 2450 – TI Camaragibe (Conde da Boa Vista) e 2480 – Camaragibe (Derby) para aqueles que dependem do Ramal Camaragibe. Além destas, foram ativadas ainda as linhas especiais Jaboatão/Barro, Barro/Afogados/Joana Bezerra e Camaragibe/TIP.
No Terminal Integrado Joana Bezerra, grandes filas se formaram e a superlotação era visível no retorno para casa. O transtorno e a dificuldade foi grande para vários usuários devido à paralisação das atividades da Linha Centro.
Vera Lúcia, de 56 anos, estava à espera do ônibus da Linha Jaboatão/Barro – maior fila no terminal – para voltar do trabalho por volta das 18h. Ela depende da Linha Centro diariamente.
“Foi uma dificuldade para ir ao trabalho e está sendo para voltar para casa. Eu dependo do metrô. Eu pego o metrô lá no Barro e desço aqui no terminal. Hoje está sendo um dia muito complicado e tive atrasos para chegar no trabalho que fica em Boa Viagem. Eu espero que isso melhore, toda vez é essa palhaçada”, pontuou.
Também usuário do Metrô do Recife, o pintor Amauri Marques, de 27 anos, saiu de casa já ciente que iria voltar tarde para casa devido à paralisação. Ele se sente revoltado com a situação.
“Nós temos dificuldades todos os dias com o descaso não só do metrô, mas dos ônibus também. Aumenta a passagem, mas a gente não vê melhoria. Eu acho que eles tinham que olhar para nós com um pouco de carinho. Na volta para casa eu sei que vou voltar tarde, nós já saímos pela manhã sabendo isso, mas sempre colocando Deus na frente para dar tudo certo. Foi um dia muito complicado, o metrô facilita a chegada, encurta o tempo. Eu espero que tenha alguma melhoria, mas na minha opinião a tendência é só piorar”, destacou.
Mais transtornos
No último sábado (23), passageiros que utilizavam a linha Cajueiro Seco/ Cabo de Santo Agostinho passaram por transtornos. Um trem VLT (Veículo Leve sobre Trilhos) pegou fogo durante uma viagem e os passageiros tiveram que sair às pressas e andar pelos trilhos. A operação foi suspensa devido ao incêndio e só retornou na terça (26).
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