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O ser humano busca na religião o caminho da felicidade

O caminho, em si, já enseja felicidade, malgrado os transtornos porque se pode passar, infortúnios destinados à purificação da alma. Caminha-se na esperança de que a direção conduz a vida eterna, pós morte, desejada desde as épocas pagãs quando as religiões como as conhecemos hoje nem sonhavam aparecer. Ninguém se conformava com a finitude existencial. Deixar de viver pura e simplesmente, era uma situação insuportável, difícil de aceitar com tranquilidade.

Há quem diga, os materialistas, descrentes na espiritualidade, que a rejeição da morte, o temor de perecer virando pó, tornando ao nada, inventou Deus. Antes houve adoração de deuses com formas inumanas, como o sol, a lua, as estrelas do firmamento, depois foram criadas entidades fictícias, sobrenaturais, poderosas, como Zeus, Vênus, Hércules, até chegar-se aos lares, defuntos da família que eram inumados na sala das habitações e aquinhoados com presentes, alimentos, devoção, como se fossem entes vivos cuja proteção era solicitada pelos parentes. Na Índia, a vaca e outros animais continuam sob endeuzamento.

Finalmente surgiram religiões em torno de figuras humanas como Maomé, Buda… Jesus Cristo, o Filho de Deus feito homem, que deu margem ao cristianismo. Muitas outras crenças do gênero, normatizadas em livros como o Alcorão e a Bíblia, foram criadas e estabelecidas pelo mundo, cada qual com seus seguidores. Os defensores do anticristo, do satanismo, têm seus adeptos mas não constituem religião,  embora sejam numerosas as falanges do mal. A maldade trás atrações imediatas: drogas, concupiscência, delícias enganosas da criminalidade, mas apenas ilude quem quer ser enganado. Satã é o príncipe dos infernos, de uma fonte dessas só advém malignidade.

Profissionais da medicina, espíritas e estudiosos do fenômeno terminativo da existência no plano terrestre referem à tranquilidade com que os religiosos se defrontam com a morte. Uma jovem chegou a emergência do hospital Agamenon Magalhães, calma enquanto esperava ser atendida, quando segurou a mão da genitora e comunicou-lhe, em termos de solicitação: Mãe estou morrendo… reza comigo a oração que Jesus nos ensinou. Oraram juntas, com muita fé e ao terminarem o Pai Nosso, a paciente sorriu entregando – se às mãos de Deus. Este é um exemplo real relatado por uma das enfermeiras que o presenciou, pessoa minha muito amada.

José de Siqueira Silva é Coronel da reserva da PMPE

Mestre em Direito pela UFPE e Professor de Direito Penal

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24/04/2024 às 20:15

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