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O planeta terra vai mal, mas pode escapar

Foto: Shutterstock

O nosso mundo está na UTI, mas nem tudo passa pela fase terminal. Afoga-se em notícias ruins, parece que chegou ao fim, mas ainda são muitas as chances de ficar bom. Calor demais, seca e chuva fora de tempo e em demasia. A humanidade, ensandecida, faz o que não deve e se omite, (dominada pela ânsia exagerada de empoderar-se) no tocante às obrigações de cuidar e preservar o ambiente.

O planeta envergonha-se da calvície provocada pela devastação de suas matas e adoece da secura de nascentes dos seus córregos, (fontes de água potável, ampliando-se em rios, umedecendo o solo que se torna fértil) e caminha para a desertificação, a esterilidade. A terra sofre, perdeu até a coragem de mirar-se nos espelhos. As águas de tão poluídas embotaram a capacidade de espelhar sua fartura e beleza.

Ela que era tão vaidosa das alegrias que propiciava aos seus habitantes. Yuri Gagarin, ao desbravar pioneiramente o espaço sideral, em sua nave russa, a Sputnik, contemplou, embevecido, a imagem azulada da esfera terrestre. Se fosse hoje, meio século depois, possivelmente ficaria intrigado com o cinza da poluição atmosférica, dos bombardeios de combate, do vermelho do sangue derramado nas guerras, na matança de animais por caçadores de troféus, peles de onças pintadas, cabeças de leões e presas de elefantes, peças decorativas em suas mansões. Que gosto despótico.

A devastação traz a fome, a falta de água para se banhar e para beber, como agora no Rio de Janeiro. Nas terras indígenas, garimpeiros criminosos descartam mercúrio nos rios, intoxicam os peixes, enfermam os povos indígenas dizimando os que bebem daquelas águas e os que consomem do que vem delas. Nem tudo, entretanto, está perdido.

Cientistas e voluntários estão aumentando a produtividade nutrientes, como no caso da agricultura dos tabuleiros, em que o bagaço do caju vira delicioso alimento. No que concerne aos mares, peixes marítimos que se tornaram raros em face da pesca predatória, como a garoupa, o mero, estão sendo reproduzidos em cativeiro, em grande quantidade, para repovoarem o Oceano Atlântico. Como a garoupa é carinhosa e gosta de ser acariciada por mãos amigas! É um hermafrodita perfeito.

Cresce com rapidez e reproduz sem demora. Veja o Globo Repórter de sexta-feira última que só traz informações importantes a esse respeito. No Mato Grosso do Sul, prossegue o plantio de quatro milhões de árvores florestais, mais do que uma peruca, um implante duradouro na careca terrena. No Nordeste brasileiro, são poucas hoje as jaguatiricas, os tamanduás bandeira, as onças pintadas.


Em compensação, no Agreste de Pernambuco, onde a água costuma ser salobra portanto imprestável para beber e para irrigar, recentemente descobriu-se que desses mananciais pode-se tirar proveito na carcinicultura do camarão marítimo que é grande e saboroso e se reproduz em menor tempo e em maior quantidade do que os outros. Graças a Deus a fome tende a terminar.

José de Siqueira Silva é Coronel da reserva da PMPE

Mestre em Direito pela UFPE e Professor de Direito Penal

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09/04/2024 às 19:28

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