Guilherme Fiuza. Foto: Jovem Pan
Li a obra Passaporte 2030, de Guilherme Fiuza, embora desaconselhado a fazê-lo, por um desconhecido que me viu folheá-la na livraria, antes de adquiri-la. Não me arrependi da leitura.
O autor constrói uma sátira mordaz, impiedosa, quase sempre improcedente sobre a justiça brasileira, a administração pública do Brasil, a prevenção da pandemia da Covid-19 por meio de vacinas aqui e no estrangeiro.
Tentou reduzir ao ridículo o STF, pela anulação de processos conduzidos por juízos incompetentes ou imparciais, referindo às imagens jocosas da cueca de um senador, guardando dinheiro sujo, como lugar do crime, e da competência de um juízo submarino para julgar os delitos contra o pré-sal. Irônico e hilariante para quem conhece o direito processual penal. Desrespeitoso também.
A vacinação obrigatória e o afastamento social para evitar o contágio seria um crime contra a humanidade, vacinas suspeitas, elaboradas às pressas e não testadas por tempo suficiente. Ora, se as vacinas demorassem tanto, (e nunca se teria certeza de que imunizariam 100%), quando ficassem prontas a humanidade teria acabado.
As urnas eletrônicas seriam altamente susceptíveis a fraude porque não permitiriam auditagem. No entanto elas já foram testadas e retestadas por entendidos da ciência da computação e ninguém conseguiu burlar a sua segurança. E porque elas foram criadas? Porque a sociedade não suportava mais tanta corrupção que o voto impresso ensejava.
Li, gostei da erudição do autor, do seu empenho em provar que pau é pedra, mas não concordei com ele, por ser insincero.
José de Siqueira Silva é Coronel da reserva da PMPE
Mestre em Direito pela UFPE e Professor de Direito Penal
da FOCCA
Contato: jsiqueirajr@yahoo.com.br
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19/07/2022 às 21:26
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