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O inevitável fim da classe média?

@prof.sandroprado – Economista

O primeiro grande questionamento que existe sobre a classe média é: afinal o que é a tal da classe média? Que existem diferenças entre as classes sociais é notório e indiscutível e estão ligadas, principalmente, à sociologia, aos aspectos culturais e às classes econômicas.

Embora não haja consenso do que seria a famosa classe média (Classe C) existem algumas classificações como a da Tendências Consultoria que classifica como Classe C as famílias que têm renda mensal domiciliar entre R$ 2.900 e R$ 7.100 e a da Fundação Getúlio Vargas (CPS/FGV), que rotula como classe média as famílias que possuem renda familiar entre R$ 2.284 e R$ 9.847.

E com esta renda dá para fazer muita coisa? A resposta é bem clara! Cada vez dá para fazer menos devido a ineficiência e ineficácia da política econômica da gestão Paulo Guedes para a proteção da Classe C. Reajustes sucessivos da Taxa de Juros Selic pelo Banco Central, hoje em 12,75% ao ano, não são suficientes e sequer o instrumento correto para evitar a rápida redução do poder de compra da Classe Média e a escalada de preços sem precedentes, pós Plano Real. O “Chicago Boy”, Paulo Guedes conseguiu a façanha de distanciar, cada vez mais, a Classe Média do sonho da “American Way of Live.”

Em 2020, a classe C teve queda de 3,8% na renda domiciliar, seguida por retração ainda maior em 2021, de 6,3% e no ano de 2022 a retração deverá ser bem maior com a inflação média, acumulada nos 12 últimos meses, de inacreditáveis, 11,3% (a quarta maior entre o G-20). Gastos com lazer e cultura tiveram que ser revistos e suprimidos. Gastos com Saúde e Educação, no mínimo, reduzidos.

É e só por isto? Não! A doutrina liberal do Governo Bolsonaro e a gestão da Economia, por Paulo Guedes, dificulta cada vez mais a vida da Classe C com a retirada de direitos trabalhistas e com a privatização e sucateamento de serviços públicos.

A Classe Média está pobre e muitos ainda não se antenaram para isto. Solução? Passa pelas eleições de 2022 com a retirada de Bolsonaro do poder e a eleição de Deputados Federais e Senadores comprometidos com as causas sociais e não com os grupos econômicos e o liberalismo conservador.

Fonte: Blog do Jorge Lemos
Foto: Divulgação

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