Crédito, GAASYY/YOUTUBE

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Yoshikazu Higashitani se tornou o primeiro legislador do Japão a ser expulso do Parlamento sem nunca ter entrado nele

A polícia japonesa prendeu um youtuber e ex-parlamentar por ameaças que ele supostamente fez a celebridades.

Yoshikazu Higashitani, conhecido no YouTube como GaaSyy, é famoso por vídeos de fofocas de celebridades.

A imprensa local informou que ele estava nos Emirados Árabes Unidos e voltou ao Japão dois meses depois de a polícia de Tóquio ter emitido um mandado de prisão contra ele.

Higashitani é acusado de ameaças de difamação contra um ator, um empresário e um designer entre fevereiro e agosto do ano passado. Também é suspeito de obstruir as atividades comerciais do designer.

Ele ignorou repetidamente os pedidos para voltar ao Japão e se submeter voluntariamente ao interrogatório policial.

Em maio, a polícia de Tóquio enviou investigadores para os Emirados Árabes Unidos — e fez um apelo às autoridades locais para extraditá-lo para o Japão.

O ministro das Relações Exteriores do Japão ordenou que ele entregasse o passaporte depois que a polícia de Tóquio emitiu seu mandado de prisão em março, mas Higashitani disse que havia perdido. O passaporte dele expirou no mês seguinte.

No início deste ano, ele se tornou o primeiro legislador na história do Japão a ser expulso do Parlamento sem nunca sequer ter entrado nele.

Higashitani foi um dos dois membros eleitos do partido Seijika-joshi-48 — um partido de causa única que pede reformas na emissora pública do Japão.

Durante seus sete meses no cargo, ele se recusou a deixar sua casa em Dubai e não compareceu a uma única sessão legislativa.

Na época, a imprensa japonesa informou que ele se recusou a comparecer ao Parlamento porque temia ser preso por acusações de fraude e difamação de celebridades.

Os legisladores exigiram que Higashitani embarcasse para Tóquio para apresentar pessoalmente um pedido de desculpas por sua ausência, mas ele não compareceu à sessão plenária.

Em vez disso, anunciou em seu canal no YouTube que estava indo para a Turquia — e que planejava doar seu salário para ajudar as vítimas do terremoto que atingiu a região.

A ausência dele irritou o Senado, cujos membros votaram por unanimidade pela sua expulsão.