Foto: Ricardo Stuckert
O monitoramento dos celulares foi um dos pontos que mais chamaram a atenção no casamento da socióloga Rosangela Silva, a Janja, e do ex-presidente Lula. Amigos e familiares que acompanharam a cerimônia, na quarta-feira (18), em São Paulo não puderam fazer registros. Com exceção do plantão médico: o único liberado, segundo o blog apurou, foi o cardiologista Roberto Kalil, médico e amigo do ex-presidente Lula.
Na chegada do casamento, numa casa de eventos na zona sul da capital paulista, uma integrante do cerimonial “convidava” as pessoas a guardarem seus aparelhos celulares dentro de um envelope branco. Recebiam, então, uma senha para retirar o celular na saída. Os convidados perceberam que todos foram submetidos à regra, menos o cardiologista, por estar sempre de plantão – e menos também o dono misterioso de um aparelho, que ficou durante algum tempo perdido num sofá da casa de evento.
Sem celular gravando as conversas, os políticos ficaram mais a vontade para falar sobre eleições. Nas rodas de conversas, Geraldo Alckmin (PSB) circulava ao lado da mulher, Lu Alckmin, mas não se arriscaram a dançar na pista, onde uma banda tocava para os convidados. Os dois sentaram na primeira fileira da cerimônia religiosa. A festa representa o último momento social particular antes do início da campanha – de fato.
Na segunda-feira (23), o comando da campanha de Lula convocará um comitê suprapartidário – distribuindo funções a diferentes aliados de diferentes partidos – exatamente para começar a martelar a ideia de que a campanha de Lula não é do PT, mas, sim, de uma frente ampla.
Participarão do evento, num hotel na capital paulista, os sete partidos que compõem a aliança em torno de Lula: PT, PSB, PSOL, Rede, PCdoB, PV e Solidariedade. Lula participará, inclusive, do encontro – que contará com vários aliados que não foram chamados para o evento de quarta-feira.