No início da tarde dessa quarta-feira (15.02), No Cabo de Santo Agostinho, Região Metropolitana do Recife, a vereadora Gisele de Dudinha (AGIR 36) utilizou a tribuna da Câmara de Vereadores, durante Audiência Pública sobre Mobilidade, para fazer uma grave denúncia de violência política de gênero que vem sofrendo. O caso foi registrado na Delegacia de Polícia da 40° Circunscrição, baseado na Lei nº 14.192/2021 – Art. 326-B, que conceitua violência política contra a mulher como toda ação, conduta ou omissão com a finalidade de impedir, ser obstáculo ou restringir os direitos políticos da mulher.
Segundo Gisele, os ataques constantes são sofridos nas redes sociais de forma pejorativa e com adjetivos que ferem os seus princípios. A parlamentar relatou ainda que tem sofrido impedimento de exercer o mandato de forma ativa, cancelando agendas por temer por sua vida, dos familiares e assessores. “Estou vivenciando o momento mais difícil desse mandato. Sabia que não seria fácil essa jornada política. Nós, mulheres não temos um dia de paz”, relatou.
A vereadora continuou seu discurso deixando claro que sua postura será a de denunciar qualquer tipo de violência. “Violência política de gênero é uma ameaça à democracia! Como defensora da garantia de direitos da mulher, não deixo e nunca deixarei passar qualquer tipo de violência. Porque o caminho para parar um agressor, é a denúncia. E foi exatamente o que fiz, denunciei a pessoa que estava me assediando, constrangendo, humilhando, perseguindo, difamando, caluniando e cometendo injuria contra minha honra e assim será com qualquer um que tal crime cometer”, explicou Gisele.
APOIO – “Sou mãe, tenho um filho de 3 anos, não serei estatística”, discursou emocionada. Na ocasião, Gisele recebeu o apoio dos vereadores presente, da Delegada, Drª Maria do Socorro, da 14° Delegacia da Mulher, da Secretária Especial da Mulher, Walkyria Alves, que pontuou em sua fala a importância de denunciar qualquer tipo de agressão, e da comunicadora comunitária, Manina Aguiar.
A vereadora Gisele concluiu sua fala afirmando que exige respeito quanto mulher, parlamentar e cidadã e ressaltou que como representante do povo cabense, ela pode e deve ser cobrada. “Estou sempre à disposição do povo cabense, esse mandato é nosso, a crítica deve existir, pois é a partir dela que melhoramos o que precisa ser melhorado e trabalhamos melhor. Mas, não tenho disponibilidade para agressores e todos eles serão tratados no rigor da lei” finalizou a parlamentar que é primeira secretária da mesa diretora.
Fonte: Blog do Jorge Lemos
Foto: Divulgação
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