De um lado, uma seleção favorita ao hexacampeonato, do outro, a atual vice-campeã do mundo. É assim que o duelo de quartas de final da Copa do Mundo entre Brasil e Croácia criará faíscas nesta sexta-feira (9), no estádio Cidade da Educação.
Camisas ’10’ habilidosos e líderes em suas equipes, Neymar e Modric buscam reescrever suas histórias no Mundial. ‘Ney’, após a amarga eliminação para a Alemanha por 7 a 1, em 2014, já Modric, quer um resultado diferente do obtido na Rússia, em 2018.
A Seleção Brasileira chega confiante ao confronto após garantir a classificação às quartas de final ainda no primeiro tempo na partida contra a Coreia do Sul, mas também prestes a recuperar sua defesa titular após uma série de lesões que em certos momentos a deixou com apenas um lateral de ofício, o veterano Daniel Alves.
O lateral-esquerdo Alex Sandro voltou a treinar na quarta-feira (7) e pode ser titular no mata-mata após uma lesão no quadril o tirar do jogo contra a Suíça, ainda na fase de grupos.
Dessa forma, Danilo poderia retornar ao lado direito e Éder Militão, que estava encarregado dessa função, voltaria ao banco de reservas.
Caso o jogador da Juventus não esteja 100%, a escalação defensiva deve ser a mesma da partida contra a Coreia do Sul, com Militão no lado direito, Marquinhos e Thiago Silva na zaga e Danilo na lateral esquerda.
O vencedor do embate, por sua vez, vai encarar na semifinal o ganhador entre Argentina e Holanda, segundo jogo desta sexta-feira.
A marca de Pelé
Recuperado de uma lesão no tornozelo direito que o fez perder dois jogos da fase de grupos, Neymar irá liderar o ataque brasileiro contra os croatas, além de buscar superar tabus: o de vencer uma seleção europeia em quartas de final (fato que não acontece desde 2002) e o de se igualar a Pelé como artilheiro da Seleção (77 gols).
O jogador do Paris Saint-Germain marcou um gol de pênalti na vitória sobre os sul-coreanos e agora está a um gol da marca do Rei do futebol, de 82 anos, que se encontra hospitalizado em São Paulo para reavaliar o tratamento de um câncer no cólon.
Para ajudar nesta missão, ‘Ney’ conta com a ajuda de um dos principais nomes da Seleção: Vinícius Júnior, que marcou um gol e deu duas assistências no Mundial no Catar.
O atacante do Real Madrid conhece bem Modric, seu companheiro no clube merengue, e alerta que os europeus são muito mais do que o seu capitão.
“A Croácia tem a base da última Copa, quando chegaram à final contra a França, então temos que estar preparados não só para Modric, mas para todo o elenco. Eles jogam em grandes clubes e vão dar o melhor para tentar nos vencer”, afirmou ‘Vini’.
Croácia quer atrapalhar busca pelo hexa
O Brasil não vai se contentar com nada menos que o título no Catar. Mas várias sombras acompanham os pentacampeões desde que conquistaram o último título em 2002.
Após um dos pontos mais baixos como a eliminação nas semifinais da Copa de 2014 para a Alemanha, a Seleção se vê diante de um desafio contra uma equipe europeia na fase de mata-mata, tabu que não consegue quebrar desde a última conquista do Mundial.
Desde a Rússia, em 2018, o Brasil não enfrenta nenhuma e a lembrança não é das melhores, já que sofreu uma derrota por 2 a 1 para a Bélgica, nas quartas de final.
Agora será diante de uma Croácia que eliminou o surpreendente Japão nos pênaltis, nas oitavas de final, e que busca evidenciar seu jogo estratégico e técnico, mas também impõe a forte condição física.
“Nosso objetivo é tentar parar o time todo. Claro que o Brasil tem muita qualidade individual, mas estamos preparados para esse duelo”, disse o zagueiro croata Dejan Lovren.
Aos 37 anos, Modric irá comandar o meio de campo ao lado de Kovacic e Brozovic com a esperança de parar os brasileiros.
“Todo mundo conhece o valor do Luka… é o nosso líder, nosso melhor jogador, estamos orgulhosos de tê-lo em campo”, completou Kovacic.
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Fonte: Folha PE
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