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Motoristas protestam contra aumento do preço do gás natural em Pernambuco

Motoristas de transporte por aplicativo se reúnem, na manhã desta terça-feira (10), na rua Pintor Lula Cardoso Ayres, no bairro da Imbiribeira, no Recife, contra o aumento do preço do Gás Natural Veicular (GNV) em Pernambuco.


 


De lá, eles saem em carreata até a sede da Companhia Pernambucana de Gás (Copergás), companhia responsável pela distribuição e venda de gás natural no Estado.

Segundo o presidente da Associação dos Motoristas e Motofretistas por Aplicativos de Pernambuco, Thiago Silva, a categoria pretende se encontrar com representantes da empresa para reivindicar a baixa do preço.



 


“A gasolina e o álcool, que junto com o GNV são os principais insumos dos motoristas de aplicativo e correspondem ao principal custo da operação de qualquer veículo, de qualquer profissional de transporte que, mais uma vez, fica drasticamente prejudicado com os aumentos”, disse.


 


A motorista por aplicativo Sibele Diniz, de 41 anos, trabalha há um ano no ramo. “Fiquei desempregada e como alternativa para ter uma renda comecei a rodar como motorista por aplicativo. Com o aumento, está ficando cada vez mais difícil manter a operação”, comentou.

Em nota enviada no início da tarde desta terça-feira, a Copergás avisou que o protesto está sendo direcionado de forma equivocada, uma vez que a empresa não é produtora de gás natural e atua apenas como distribuidora do produto fornecido por suas supridoras. “A Companhia não ganha um centavo a mais com o reajuste no preço do gás natural, sendo remunerada pela construção da infraestrutura de distribuição do produto. Entre todos os combustíveis comercializados em Pernambuco, o gás natural foi o único a permanecer com o mesmo valor por seis meses, entre novembro de 2021 e abril de 2022”, reforça a estatal. 

Veja abaixo a nota oficial na íntegra:

“A Companhia Pernambucana de Gás – Copergás é solidária com qualquer mobilização pela melhoria nas condições de trabalho dos motoristas de aplicativos de transporte. Mas a empresa acredita que a mobilização desta terça-feira (10) está sendo realizada visando o endereço errado, pois deveria ocorrer na Petrobras, responsável pela alta nos preços de todos os combustíveis comercializados no Brasil.

A Copergás não produz gás natural. Ela distribui o produto fornecido por suas supridoras. Vende pelo preço que compra. A Companhia não ganha um centavo a mais com o reajuste no preço do gás natural, sendo remunerada pela construção da infraestrutura de distribuição do produto.

Entre todos os combustíveis comercializados em Pernambuco, o gás natural foi o único a permanecer com o mesmo valor por seis meses, entre novembro de 2021 e abril de 2022. Isso só foi possível porque a Copergás, de forma pioneira, contratou novos supridores do produto, de forma a não depender exclusivamente da Petrobrás. Hoje, a Companhia é uma das poucas no País a contar com três fornecedores de GN: Petrobrás, Shell e a New Fortress – esta última atendendo as redes implantadas nas cidades de Petrolina e Garanhuns.

Se continuasse tendo apenas a Petrobras como sua supridora, a Copergás não teria conseguido, como conseguiu, manter a mesma tarifa de novembro/2021 a abril/2022. 

No caso do reajuste que passou a valer a partir de 1º de maio passado, o percentual cobrado pela Petrobras foi de 19,22%. No entanto, a existência de outros supridores permitiu que o repasse médio do gás natural distribuído pela Copergás fosse de 14,92%, sendo que para o GNV foi de 14,58%. O preço do gás natural é reavaliado apenas trimestralmente, em fevereiro, maio, agosto e novembro – ao contrário dos demais combustíveis que aumentam de preço diversas vezes ao ano, por decisão única e exclusiva da Petrobrás.

A verdade é que o gás natural distribuído pela Copergás tem a menor tarifa entre todos os Estados do Nordeste e um dos menores do Brasil. Contribui também a redução na alíquota do ICMS cobrado pelo Governo de Pernambuco.

Por tudo isso, protestar contra a Copergás pelo reajuste no preço dos combustíveis é uma ação equivocada, que tenta desviar o foco dos verdadeiros responsáveis pelos aumentos que afligem os consumidores brasileiros”. 

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