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Miguel critica campanha nacionalizada e diz que Lula é “patrimônio do Brasil”

Em Pernambuco, a pré-campanha tem ganhado contornos de uma disputa nacionalizada, o que coloca o embate Lula x Bolsonaro no foco e pode acabar distraindo dos problemas locais a serem debatidos.

Nesta quarta-feira (30), em entrevista concedida durante o ato de despedida da Prefeitura de Petrolina, que sela o início de sua corrida pelo Governo do Estado, o prefeito Miguel Coelho bateu nessa tecla ao ser indagado se a Oposição temia a força do ex-presidente Lula no Estado.

Questionado, devolveu: “Lula não é propriedade do PSB, nem muito menos candidato do PSB. Lula é patrimônio do Brasil, pela história que fez quando Presidente da República, pelas conquistas que fez, também quando presidente, para Pernambuco”.

E advertiu: “Mas ninguém está aqui fazendo uma defesa de Lula e nem defesa de Bolsonaro. Estamos, aqui, fazendo um debate de pré-candidato a governador”. Na sequência, Miguel disse que lhe “preocupa muito que tem pré-candidato falando mais dos seus candidatos a presidente do que de suas propostas”. Atribuiu, a esses postulantes, a condição de “ocos”.

“Ou são candidatos ocos, que não têm o que falar de si próprio, do Estado, ou são candidatos que estão querendo fugir da realidade difícil que o Estado se encontra”, alfinetou.

Em Pernambuco, o ex-presidente Lula tem o deputado Danilo Cabral, do PSB, encabeçando seu palanque e a candidatura do socialista foi lançada, exatamente, com foco no apoio ao petista na corrida presidencial e no apoio dele ao socialista.

Nas oposições, há algum tempo, ecoa que interessa ao PSB nacionalizar o debate, uma vez que o Estado é reduto de Lula, líder nas pesquisas.

À frente do palanque do presidente Bolsonaro, no Estado, está Anderson Ferreira, prefeito de Jaboatão, que, após sacramentar esse apoio do chefe do Planalto viu suas chances de ir a um segundo turno crescerem, tanto em bolsas de aposta de governistas como de oposicionistas, em função, exatamente, do caráter polarizado da disputa.

Dirigente nacional do União Brasil, partido de Miguel, Luciano Bivar protagonizou rompimento drástico com Bolsonaro, de cujo governo, o pai de Miguel, o senador Fernando Bezerra Coelho foi líder. Bivar não participou do ato de ontem, em Petrolina. Presidente da sigla no Estado, Marcos Amaral, à Imprensa, informou que, em tempo de filiações, o dirigente estava em Brasília cuidando do assunto.

Mendonça no radar do Solidariedade


O ex-governador Mendonça Filho estava entre os que prestigiaram o ato de Miguel Coelho nesta quarta (30) à noite. Mendonça, recentemente, como a coluna registrara, recebeu visita do presidente nacional do Solidariedade, Paulinho da Força, que esteve em Pernambuco quando Marília Arraes assinou a ficha de filiação ao partido. Mas há uma bolsa de apostas dando conta de que atrair Mendonça também estaria no radar dos Ferreira.

Um ninho > A filiação do vereador Alcides Cardoso ao PSDB fez aliados de Priscila Krause jurarem que ela já estava certa também de integrar o ninho tucano. Mas, ao Cidadania, ela chegou a sinalizar que não estava nada decidido. Priscila, como a coluna cantara a pedra, teve nome ventilado para integrar a chapa de Raquel Lyra, ocupando a vaga do Senado, ou a vice.

Dança das cadeiras > Na Alepe, nesta quarta, houve sessão plenária de despedida de Paulo Dutra, Marcantônio Dourado e Laura Gomes, que ocupavam, na condição de suplentes, cadeiras de Rodrigo Novaes, Claudiano Martins e Lucas Ramos, respectivamente, que se encontravam no Executivo.

Retorno > Após 10 anos atuando na iniciativa privada, o ex-deputado federal Bruno Rodrigues assume a presidência do PROS, que segue na Frente Popular. A princípio, não vai disputar eleição

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Fonte: Folha PE
Autor: Renata Bezerra de Melo

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