Mila Aguiar, irmã da vereadora licenciada do Recife, Michelle Collins, decidiu ainda em abril, apoiar Mano Medeiros (PL) para a prefeitura da cidade, rompendo com a candidata Clarissa Tércio (PP). A escolha de Mila não apenas a distanciou da base de Clarissa, mas também expôs fissuras dentro da própria família Collins, tradicionalmente “unida” em torno de questões políticas e religiosas.
Mila, que recentemente inaugurou seu comitê de campanha com a presença de Mano Medeiros, vem ganhando atenção pela coragem de se manter firme no PSD, mesmo sob pressão de sua família para migrar ao PP, partido de Clarissa Tércio. Na inauguração, a ausência mais comentada foi a de sua irmã Michelle Collins, que apesar de estar licenciada do cargo de vereadora por motivos de “saúde”, assumiu o mandato em Brasília. A atitude de Michelle surpreendeu por não participar do evento em apoio à irmã. A ausência foi percebida, especialmente, pelo público evangélico, fiel base de Michelle e da família Collins.
Pastores e lideranças políticas comentaram a atitude de Michelle que mostrou-se bastante distante da família assumindo até mesmo outra candidata na cidade. “Achei um absurdo a atitude dela em apoiar outra candidata. Nós defendemos a família e isso foi uma atitude no mínimo egoísta parte dela” disse uma liderança estadual da igreja.
Mila , se manteve firma na decisão em seu discurso afirmou:
“Minha escolha foi ficar do lado da verdade, do bem, e não apoiar a política do ódio. Aqui encontrei paz e esperança”, declarou Mila Aguiar durante seu discurso no comitê, referindo-se a sua decisão de apoiar Mano Medeiros e não ceder às pressões de se alinhar ao grupo de Clarissa.
Mila deixou claro que sua escolha foi pautada por princípios, enfatizando que, mesmo sem o apoio direto de sua irmã e cunhado em eleições passadas, optou por seguir o caminho que acreditava ser mais justo.
Nos bastidores, o distanciamento entre as irmãs é atribuído, em parte, à insistência da família Collins para que Mila se juntasse ao PP e disputasse a eleição sendo literalmente jogada a jaula dos leões, ao lado de nomes já estabelecidos, como Sandro Tércio, irmão de Clarissa, Nivaldo do Gás, ex-vereador e mais três vereadores de mandato. Entretanto, Mila manteve sua filiação ao PSD, sinalizando sua lealdade ao partido e a Mano Medeiros. Sua postura de independência dentro do cenário eleitoral de Jaboatão valorizou ainda mais a candidata.
O ponto alto da inauguração do comitê de Mila foi o discurso de sua mãe, que emocionou os presentes ao expressar seu apoio incondicional à filha:
“Minha filha, meu amor, minha conselheira que amo muito, Deus traçou seu caminho e você sairá vitoriosa. Eu te amo” disse a mãe de Mila, evidenciando o apoio incondicional a filha.
Por outro lado, além de ausente Michelle Collins decidiu apoiar outra candidata a vereadora em Jaboatão, ao invés da própria irmã. Atitude vista como uma quebra da máxima que a família Collins sempre usou: “família em primeiro lugar”. Muito triste isso…. que ódio no coração…
Tal movimento gerou um mal-estar não só entre os apoiadores de Mila, mas também no núcleo familiar, que sempre se posicionou unido em momentos políticos importantes. Resta saber como essa divisão interna poderá impactar as campanhas e o futuro político de Cleiton e Michelle Collins.
A eleição de Mano, segundo pesquisas, deve se consagrar vitoriosa e Michele não continuará na cadeira de deputada federal deixada por Clarissa.
No Recife , Alef Collins , filho do Pastor Cleiton e da vereadora Michele , está concorrendo ao cargo de vereador e ja recebeu R$500 mil reais do fundo do Partido Progressista , e soma mais de 550mil em doações. Se não ganhar , a família Collins só permanecerá com o mandato de Cleiton que brigará “pau a pau” com Júnior Tércio na próxima eleição.
Em tempo – Em Jaboatão, exonerada em agosto do gabinete de Clarissa em Brasília , recebeu 100mil reais de fundo, enquanto outras mulheres apenas r$120 reais.