Reunindo os artistas Frantz, Ío e Marina Camargo, conversa será hoje (21), às 19h, marcando a abertura da exposição Antinomia –, que seguirá em cartaz na web até o próximo mês de abril
Quando 2021 vai fechando as portas, o Museu de Arte Moderna Aloisio Magalhães (MAMAM) abre uma janela para a celebração da arte contemporânea neste finalzinho de mais um ano desafiador, em que a cultura encontrou na internet um caminho essencial para o público. Estreia hoje (21), às 19h, a exposição Antinomia –, com uma conversa virtual entre os artistas Frantz, Ío e Marina Camargo. Para participar, basta acessar: https://bit.ly/antinomia_palestra. Não é preciso fazer inscrição.
A exposição ficará em cartaz até o próximo dia 30 de abril, no link https://bit.ly/antinomia_mamam, que recria minuciosamente um dos espaços expositivos do MAMAM. E é parte do projeto contemplado com o Prêmio Marcantonio Vilaça 2019, que inclui a doação de obras dos três artistas expositores para o acervo do Museu, mantido pela Prefeitura do Recife, por meio da Secretaria de Cultura e da Fundação de Cultura Cidade do Recife, trazendo para a cidade um importante recorte da produção contemporânea do Rio Grande do Sul.
A palavra Antinomia, que dá nome à mostra, trata da contradição entre duas proposições apresentadas com lógica, coerência e rigor, mas que chegam a conclusões distintas. O conceito é o que aglutina as obras selecionadas para compor o acervo da exposição, caracterizadas por suas dessemelhanças de temas, conceitos e formas, mas que cercam, neste recorte curatorial, um mesmo núcleo temático: o apagamento, palimpsesto e esquecimento, de que cada obra trata à sua maneira.
Frantz parte de fotografias de um friso da Capela Dourada do Recife, capturando pedaços da pintura em que soldados romanos tiveram seus rostos apagados. As imagens, ampliadas e impressas sobre tela, são recobertas por verniz, o que lhes confere uma dimensão pictórica. Trindade, assinada por Ío, é uma escultura inspirada na estrutura de uma boleadeira – arma tradicional dos Charruas – na qual, no lugar de pedras, estão as cabeças de João Batista, Orfeu e Obatalá. Esta obra unifica um dispositivo de caça indígena e três protagonistas dos continentes conhecidos da antiguidade, eixos influentes na cultura brasileira. BecktonAlps, de Marina Camargo, narra a transformação de uma zona industrial britânica em uma montanha artificial.
Para a realização desta exposição, além das obras que irão compor o acervo do MAMAM, foi selecionada mais uma obra de cada artista. A curadoria da exposição virtual é de Laura Cattani e Munir Klamt.
Sobre o MAMAM – Com mais de 1.200 trabalhos em sua reserva técnica, que abrangem um período histórico compreendido entre 1920 e 2021, e notada projeção no cenário nacional de artes visuais, o Museu de Arte Moderna Aloisio Magalhães (MAMAM) tem fundamental contribuição para a inserção do Recife no mapa dos mais importantes e atuantes equipamentos culturais do país. Entre os reconhecimentos recentes ao trabalho realizado no Museu, comprometido em divulgar a produção artística contemporânea pernambucana, com ênfase na produção feminina, destaca-se o Prêmio ABCA 2019/2020, concedido pela Associação Brasileira de Críticos de Arte, na categoria Rodrigo Mello Franco de Andrade. O MAMAM foi também o único Museu nordestino a participar por três anos consecutivos da SP-Arte e único representante da região a ter seu acervo disponibilizado na seção de Arte Contemporânea da plataforma virtual Google Arts and Culture.
Serviço:
Exposição Antinomia –
Curadoria: Laura Cattani e Munir Klamt
Artistas: Frantz, Ío e Marina Camargo
Link para o bate-papo:
https://bit.ly/antinomia_palestra
Link para a exposição:
https://bit.ly/antinomia_mamam
Visitação até 30/04/2022