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O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva retomou nesta quinta-feira (15) uma tradição que começou em 2003, no seu primeiro mandato , o almoço de Natal com os catadores de materiais recicláveis.
No encontro, Lula prometeu priorizar catadores e pessoas em situação de rua e colocou a pauta acima da política fiscal.
Ele falou pouco depois do futuro ministro da Fazenda e ex-ministro da educação, Fernando Haddad, dizer e que vai cumprir a promessa de incluir os pobres no orçamento federal e taxar os ricos.
Antes dos discursos do futuro governo, Lula recebeu presentes e ouviu demandas. Entre elas, a criação de uma secretaria da reciclagem dentro do Ministério do Meio Ambiente, uma secretaria nacional de pessoas em situação de rua, a criação de um sistema itinerante para inscrever as pessoas que vivem nas ruas no CadÚnico, que dá direito ao Bolsa Família, uma política nacional de consultórios de rua para atender dependentes químicos e a revogação de vários decretos assinados durante o governo de Jair Bolsonaro. O presidente eleito se comprometeu com os pedidos.
O Padre Júlio Lancelloti, conhecido pela defesa das pessoas em situação de rua, também participou da festa de natal. Na quarta-feira o projeto batizado com o nome dele, que proíbe o uso de arquiteturas hostis em espaços públicos, como lanças sobre muretas, foi vetada pelo presidente Jair Bolsonaro. O religioso pediu a derrubada do veto pelo Congresso Nacional e Lula se comprometeu a depois da posse voltar a São Paulo para se reunir com as pessoas em situação de rua.
O almoço de natal aconteceu no centro de São Paulo em um galpão do MST, o Movimento dos Trabalhadores Sem Terra. Em 19 anos, Lula só deixou de participar do almoço de natal com os catadores no período em que esteve preso em Curitiba e durante a pandemia de Covid.
Fonte: Agência Brasil
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