A entrevista do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, candidato do PT à Presidência, ao Jornal Nacional na noite desta quinta-feira (25/8) causou maior impactou nas pessoas durante sua exibição, medido pela repercussão em redes sociais, do que as duas sabatinas anteriores, realizadas com o presidente Jair Bolsonaro (PL) e Ciro Gomes (PDT).
A audiência na TV, no entanto, foi maior durante a entrevista com o atual presidente – seguida por Lula e Ciro Gomes. A última entrevista da série, com a senadora Simone Tebet (MDB), está marcada para esta sexta-feira (28/8).
Veja os dados a seguir:
Lula: maior impacto nas redes durante exibição
Levantamento da empresa de pesquisa e consultoria Quaest aponta que 15 milhões de pessoas foram impactadas, na média, com postagens sobre a entrevista de Lula durante sua exibição.
Isso é mais que a soma dos outros dois candidatos já entrevistados: Bolsonaro teve uma média de 12 milhões e Ciro, de 2 milhões, conforme divulgou Felipe Nunes, diretor da Quaest e especialista em pesquisa de opinião e redes sociais.
Ciro Gomes: maior proporção de menções positivas
Nunes analisou também as proporções de menções positivas e negativas para os três candidatos já entrevistados.
Embora tenha tido um impacto total bem menor que os outros dois candidato, foi Ciro quem apresentou a maior proporção de menções positivas (54%). Ele foi o único com mais comentários positivos do que negativos, segundo o levantamento.
Lula aparece em seguida, com 48% de menções positivas, e Bolsonaro foi o pior colocado neste quesito, com 35%.
Bolsonaro: maior audiência na TV
As audiências de Lula e de Bolsonaro ficaram em patamares acirrados, mas com vantagem para o atual presidente, segundo dados divulgados em coluna do UOL. Na terceira posição, aparece Ciro Gomes.
Segundo os dados preliminares, publicados na reportagem ainda na quinta-feira (25/8), a entrevista com Lula rendeu 31,3 pontos de audiência na Grande São Paulo, termômetro do mercado e do Ibope. Na segunda-feira (22/8), com Bolsonaro, foram 32,7 pontos. Na terça (23/8), com Ciro, foram 28 pontos.
Primeiro entrevistado, Bolsonaro disse que “as promessas foram frustradas pela pandemia, por uma seca enorme que tivemos no ano passado e também pelo conflito da Ucrânia com a Rússia”, ao responder sobre a situação da economia brasileira, e chegou a dizer que os números da economia são “fantásticos”. Entenda aqui como a situação do Brasil se compara a outros países.
Ciro Gomes, segundo entrevistado, disse que pretende romper com o que chamou de “polarização odienta” no país. Ele prometeu, ainda, criar uma lei antiganância, para evitar superendividamento, e criar um tributo sobre grandes fortunas, “apenas e tão somente sobre os patrimônios superiores a R$ 20 milhões.
Lula, terceiro entrevistado, admitiu desvios na Petrobras em governos petistas e erros da gestão Dilma Rousseff (PT) na economia. Ele fez elogios a seu candidato a vice – que já foi seu adversário -, Geraldo Alckmin (PSB), e falou em “pacificar o país”. “Tem gente que acha que é bom ter arma em casa, que acha que é bom matar alguém. Não, o que nós queremos é pacificar esse país.”
Um eventual impacto do desempenho dos candidatos nessas entrevistas – ainda em andamento – poderá ser medido em futuras pesquisas de intenção de voto.
Em pesquisa Quaest divulgada em 17 de agosto, Lula lidera com 12 pontos percentuais de vantagem em relação a Bolsonaro: 45% das intenções de voto para o petista contra 33% para o atual presidente. Ciro Gomes (PDT) aparece com 6% das intenções de voto e Simone Tebet (MDB), com 3%. Veja mais detalhes aqui.
Na noite desta sexta-feira (26/08), está prevista a entrevista do Jornal Nacional com Simone Tebet (MDB), às 20h55 – a última da série de entrevistas com os candidatos mais bem colocados na pesquisa divulgada pelo Datafolha em 28 de julho.
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