Por Luiz Gonzaga Jr – Hoje Pernambuco
E o presidente Lula (PT) que começou a pavimentar sua relação com o estado de Pernambuco acabando de vez com essa “história” de polarização, hein? O presidente do Brasil, em uma tacada só, ajudou a governadora do estado de Pernambuco, Raquel Lyra, do PSDB, rival histórico do seu partido, e Mano Medeiros (PL), prefeito da segunda maior cidade do estado de Pernambuco, Jaboatão dos Guararapes.
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Raquel foi a primeira a Lula se aproximar. Na eleição, ela não divulgou apoio nem a Bolsonaro nem ao próprio Lula. Agora,o presidente mostra não ter nenhum apego à liberação de recursos para o prefeito que está, simplesmente, filiado ao PL. Mano, que ostenta um ritmo forte de entregas de obras e presença na comunidade, recebeu do presidente Lula nada mais nada menos que R$ 215 milhões em investimentos no mês de maio. Agora, a cidade é contemplada com um enorme investimento para área de habitação , eliminando os habitacionais do estilo “prédio caixão”. Talvez Lula tenha se identificado com a maneira que Mano trabalha na cidade. Populista, que anda no meio da população, que entra na casa do povo nas comunidades, e que é, sem dúvida, o prefeito mais próximo à população dos últimos 16 anos de governo.
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Anderson Ferreira(PL), seu antecessor, não era muito de ir lá no povão, na base, de entrar nas comunidades, de ir ao encontro do seu eleitor. Elias Gomes, quando prefeito, foi 8 anos filiado ao rival PSDB, e também era um prefeito mais de gabinete. Elias, inclusive, coordenou a campanha de Aécio Neves(PSDB) em Pernambuco, e seu filho, Betinho Gomes, na época deputado federal, chegou a votar pelo impeachment de Dilma(PT).
Já Mano, que não tem nada a ver com isso, com seu jeitinho simples, fez Lula dar um fim ( ao menos até o momento ) a polarização no estado de Pernambuco. O presidente praticamente jogou um balde de água fria nas candidaturas do PT.
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Em Jaboatão, por exemplo, a estratégia de Elias, antes PSDB, migrar para o PT, não surtiu muito efeito. O presidente Lula já destinou mais de 300 milhões em investimentos para a cidade, mostrando seu perfil agregador e estadista. Ou seja, ajudou sem se importar de que partido o era prefeito.
Em seu discurso na última semana de maio, direto de Brasília, na liberação do PAC, o presidente verbalizou exatamente isso.
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“Eu vou ajudar independente de partido, de cor, de time de futebol… se for um bom prefeito eu vou ajudar”, disse o presidente.
De tanto investimento, pode até ser que o governo federal não mande dinheiro para Jaboatão nos próximos três anos. Esse volume de investimentos, joga por água abaixo o discurso de Elias de que “alinhado com o presidente, trará mais recursos”.
Em tempo – Tem um amigo meu, petista raiz, que já verbalizou: “esse não é PT e nem nunca foi”. Será que isso é uma tendência nos esquerdistas ou uma peculiaridade ?
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