Numa conta rápida, Luciano Bivar, à coluna, assinala o seguinte: “Se o União Brasil e o MDB estiverem juntos, vamos ter cerca de 120 deputados federais”. Faz referência à possibilidade de federação entre as duas siglas após debater o tema com Baleia Rossi e Bruno Araújo, que presidem nacionalmente o MDB e o PSDB, respectivamente.
Bivar é presidente nacional do PSL e vai comandar também, na esfera nacional, o União Brasil, cuja homologação está na pauta do TSE da próxima terça-feira (08), às 19h. A referida legenda resulta da fusão do PSL com o DEM, presidido nacionalmente por ACM Neto, que também participou da conversa sobre federação com os demais dirigentes na última quinta-feira (03).
Formatar essa federação exige consulta aos Estados, às lideranças e Bivar está ciente disso. Ainda que o tempo seja exíguo, no entanto, para concluir tal processo, ele adianta que, independente disso, o União Brasil e MDB terão um projeto comum na corrida presidencial. Leia-se: um candidato único à Presidência da República.
“O importante é que os dois partidos já decidiram andar juntos. E isso não exclui ninguém que queira integrar esse grupo”, sublinha Luciano. Há, no entanto, um pré-requisito claro para ingressar nessa articulação: estar disposto “a zerar o processo”, como Bivar define, em relação às candidaturas já postas para a disputa pelo Planalto.
Indagado sobre o nome de Simone Tebet, alternativa do MDB, e sobre a hipótese ventilada de ele vir a ser vice dela, Bivar argumenta que o União também tem nome para encabeçar chapa. “Tem o meu nome à disposição, tem o de Simone. Estamos dispostos a compor, eu posso ser candidato, ela pode ser…”, observa o dirigente, sinalizando que a ideia é que nenhum partido inicie tratativas com imposição.
Ele completa: “Se o PSDB quiser zerar o processo sem sair com uma candidatura determinada, tudo bem. Isso serve para o MDB e pra nós. Todo mundo deve estar disposto a contribuir com a composição da chapa em qualquer posição”. Bivar registra que tudo será “colocado no tabuleiro” para aferir as implicações, que será preciso ouvir a base e partir do sentimento de convencimento do que é melhor para o partido. Mas admite que União Brasil e MDB já “concordaram em estar juntos com candidatura única” na corrida presidencial.
Não demora
Luciano Bivar fala em definição da chapa “num espaço de tempo curto”, até 1º de abril. No MDB, há um sentimento de que a federação com União Brasil tem aceitação maior, porque é mais fácil de casar nos estados e de fechar equação nacional. Emedebistas fazem uma avaliação ainda de que João Doria estaria irredutível sobre flexibilizar a ideia de encabeçar uma chapa, e andam animados com a candidatura de Simone Tebet.
Cede ou não? > Na quinta-feira, em entrevista à CNN, Doria admitiu possibilidade de federação com o MDB e considerou ser “cedo” para “afirmações de um lado e de outro” sobre chapa.
O retorno > A prefeita de Caruaru, Raquel Lyra, vai à mesa, hoje, no Recife, o prefeito de Petrolina, Miguel Coelho. Ambos são candidatos ao Governo do Estado pelo campo da Oposição,
Menu > Foi no Mercure, em São Paulo, ontem, que o Humberto Costa almoçou com Lula e Gleisi Hoffmann. “Coloquei para eles que não era decisão fácil. A verdade é que eu tinha todas as condições para ganhar. Mas meu projeto não é pessoal”, relata o petista à coluna após abrir mão da cabeça de chapa. Humberto pediu que a decisão sobre o espaço do PT na chapa, agora, não fosse alvo de intervenções da nacional. “E eles disseram que não se envolveriam”, registra ele, que, ontem, recebeu demanda de Odacy Amorim como opção para o Senado também.
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Fonte: Folha PE
Autor: Renata Bezerra de Melo
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