Pela terceira vez, Liverpool e Real Madrid se enfrentam na final da Liga dos Campeões, no próximo sábado (28), às 16h, no Stade de France, em Saint-Denis, que servirá de revanche para ambos e também de desempate, depois de dividirem os títulos nos confrontos decisivos anteriores, após a vitória dos Reds no Parque dos Príncipes em Paris em 1981 (1-0) e a vitória merengue em Kiev em 2018 (3-1).
– 1981: experiência e Moulin Rouge
O Liverpool, então no auge de seu desempenho com Bob Paisley como técnico, chegou à final da então chamada Copa da Europa, em 27 de maio de 1981, no Parque dos Príncipes, em Paris.
Já com dois títulos em sua galeria (1977 e 1978), os ‘Reds’ enfrentam o Real Madrid, dominador dos primeiros anos da competição continental (seis troféus em onze anos), antes de vivenciar quinze anos de jejum até 1981.
“Nós não tínhamos medo deles (Real Madrid), muito pelo contrário. Chegamos à final várias vezes e sabíamos do que se tratava. Eles eram os que não tinham experiência recente nesse sentido”, disse Terry McDermott em 2018, ex-meia do Liverpool e artilheiro da competição daquele ano, em entrevista à AFP.
Poucos minutos antes da partida, no Parque dos Príncipes, Bob Paisley descobriu um problema com o patrocinador dos uniformes da equipe, levando os dirigentes da Uefa a ordenar que os jogadores do Liverpool cobrissem com uma fita adesiva o logotipo da marca em suas camisas.
Isso não impediu que os ‘Reds’ vencessem após uma partida acirrada, em que o gol veio em um chute cruzado do lateral-esquerdo Alan Kennedy na reta final da partida (81).
Os jogadores do Liverpool puderam comemorar seu triunfo na noite parisiense, alguns no Moulin Rouge, antes de exibir o troféu aos torcedores na Saint George Square, no centro de Liverpool.
– 2018: comoção e despedida de CR7
Em 2018, a dinâmica se inverteu: foi o Real Madrid de Zinedine Zidane que entrou na final como favorito depois de dois títulos consecutivos em 2016 e 2017, sonhando em emendar um terceiro em Kiev, quando o Liverpool de Jürgen Klopp ainda era uma equipe em evolução.
Naquele 28 de maio de 2018, no intenso início da partida, o craque dos ‘Reds’, o egípcio Mohamed Salah, se lesionou no ombro, vítima de uma entrada do zagueiro espanhol Sergio Ramos. Já o goleiro alemão do Liverpool, Loris Karius, reclamou de uma cotovelada do próprio Ramos e, embora tenha permanecido no jogo, foi diagnosticado com uma concussão poucos dias após a partida.
Analisando em retrospectiva, esse golpe no rosto pode ter tido consequências para a partida, já que o goleiro alemão cometeu dois erros decisivos: um passe interceptado pelo atacante Karim Benzema, que abriu o placar (51), e depois uma falha em um disparo de longa distância de Gareth Bale, que inexplicavelmente escapou de suas mãos (83).
Karius não pôde fazer nada diante do chute acrobático de Bale (64), um dos gols mais bonitos marcados em uma final da Liga dos Campeões, apenas três minutos após o galês entrar em campo.
Por parte do Real Madrid, a euforia deste décimo terceiro título foi atenuada após o jogo pela frase do craque Cristiano Ronaldo, que deu a entender que estaria de saída do clube: “Foi muito bonito estar no Real Madrid”.
Poucos dias depois, o português deixaria o Real Madrid após quase uma década de triunfos (2009-2018) para assinar com a Juventus de Turim.
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Fonte: Folha PE
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