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A Polícia Civil detalhou nesta terça (23) os motivos por trás do assassinato do líder comunitário Chateaubriand de Lima, em junho deste ano, em um campo de futebol, no bairro do Ibura, na Zona Sul do Recife. De acordo com as investigações, Chatou, como era conhecido, foi morto por traficantes que tentavam resgatar armas e drogas soterradas por barreira após as fortes chuvas que atingiram a Região Metropolitana do Recife (RMR), no final do primeiro semestre deste ano.
“Chatou, como líder comunitário, conhecia toda a localidade. Diante das tragédias, dos desabamentos, ele sabia o local em que existiam pessoas soterradas. Mas alguns dos locais em que aconteceram os deslizamentos eram pontos de tráfico de drogas. Lá, haviam armas e drogas. O grupo queria recuperar isso e começou a intimidar e ameaçar o líder. Ele acreditava que, como estava fazendo o bem à comunidade, não enfrentaria executores que eliminariam a vida dele”, explicou uma das responsáveis pelas investigações, a delegada Euricélia Nogueira.
Durante a operação Chatô, os policiais cumpriram, na última sexta (19), quatro mandados de busca e apreensão domiciliar e um mandado de prisão temporário, expedido pela 3ª Vara do Tribunal do Júri da Capital. O acusado, que não teve o nome divulgado, foi levado para o Centro de Triagem e Observação Criminológica (Cotel), em Abreu e Lima.
O delegado do Grupo de Operações Especiais (GOE), Ivaldo Pereira, informou que o grupo relacionado ao crime já vinha sendo investigado pela Polícia Civil.
“O grupo do Bola estava sendo monitorado porque estava cometendo muitos crimes na região dos Milagres. Com a morte do Chatou, passamos a monitorar os autores e verificamos que o autor, após o caso, passou a residir em Abreu e Lima. Com a expedição do mandado, fizemos uma operação para capturá-lo”, afirmou o delegado.
