- Author, Jaroslav Lukiv
- Role, Da BBC News
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A Rússia realizou um novo ataque com grande número de drones durante a noite de sábado para domingo (28/5) na capital da Ucrânia, matando pelo menos uma pessoa, disseram autoridades locais.
O prefeito de Kiev, Vitaliy Klitschko, disse que um homem morreu quando os destroços de um drone caíram perto de um posto de gasolina. Uma mulher ficou ferida.
No geral, a Rússia lançou um recorde de 54 drones kamikaze contra alvos ucranianos — 52 dos quais foram abatidos, segundo a Força Aérea da Ucrânia.
Somente em Kiev, mais de 40 drones foram derrubados, disseram autoridades.
Esta informação não foi verificada de forma independente.
A Rússia — que lançou sua invasão em grande escala em fevereiro de 2022 — nas últimas semanas intensificou seus ataques a Kiev, buscando dominar as defesas da capital.
No domingo, alertas de ataques aéreos foram ativados em 12 regiões da Ucrânia — de Volyn, no noroeste, a Dnipropetrovsk, no sudeste.
Em um post nas mídias sociais, Klitschko pediu aos residentes de Kiev que “fiquem em abrigos”, alertando sobre ondas de ataques de drones e uma noite “difícil” pela frente.
Ele disse que pelo menos dois arranha-céus em diferentes distritos da capital pegaram fogo depois de serem atingidos por fragmentos de drones.
Funcionários de Kiev também relataram que armazéns no distrito de Holosiyivsky, no sul, estavam em chamas.
Algumas autoridades acusaram a Rússia de atacar Kiev deliberadamente enquanto os residentes se preparavam para comemorar o Dia de Kiev — o aniversário da fundação da cidade há 1,5 mil anos.
Também houve relatos de explosões na cidade de Zhytomyr, a oeste de Kiev.
O alerta aéreo foi ativado na capital e em todo o país.
Em seus ataques recentes, a Rússia tem usado os chamados drones kamikaze e uma variedade de mísseis de cruzeiro e balísticos.
Os ataques acontecem em um momento em que a Ucrânia afirma que lançará contraofensiva.
No sábado, um dos oficiais de segurança mais graduados da Ucrânia disse à BBC que o país estava pronto para lançar a contraofensiva.
Oleksiy Danilov, secretário do poderoso Conselho Nacional de Segurança e Defesa da Ucrânia, disse que um ataque para retomar o território das forças de ocupação do presidente Vladimir Putin pode começar “amanhã, depois de amanhã ou em uma semana”.
A Ucrânia planeja essa contraofensiva há meses e tem se dedicado a treinar tropas e receber equipamento militar de aliados ocidentais.
Enquanto isso, as forças russas preparam suas defesas nas regiões tomadas do sudeste da Ucrânia.
Falando à BBC, Andrei Kelin, embaixador da Rússia no Reino Unido, disse que seu país tem “enormes recursos” e ainda precisa “agir com muita seriedade”.
Advertindo que o fornecimento de armas à Ucrânia corre o risco de levar a guerra a níveis nunca vistos até agora, ele acrescentou: “Cedo ou tarde, é claro, essa escalada pode adquirir uma nova dimensão que não precisamos e não queremos”.
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