Três deputados federais eleitos se tornaram alvos de inquéritos relacionados à invasão e depredação dos prédios do Palácio do Planalto, Congresso Nacional e Supremo Tribunal Federal no dia 8 de janeiro. O pedido de investigação feito pela Procuradoria-Geral da República foi atendido pelo ministro do STF, Alexandre de Moraes. Moraes também retirou o sigilo dos processos nessa segunda-feira (23).
Os parlamentares do PL, André Fernandes e Sílvia Waiãpi, e Clarissa Tércio, do PP, são acusados de fazer postagens em redes sociais incentivando os atos golpistas.
No dia dos ataques, a deputada Clarissa Tércio postou no Instagram a seguinte mensagem: “Acabamos de tomar o poder. Estamos dentro do Congresso. Todo povo está aqui em cima. Isso vai ficar para a história, a história dos meus netos, dos meus bisnetos.”
Também no Instagram, a deputada Sílvia Waiãpi postou vídeos dos atos com a legenda: “Povo toma a Esplanada dos Ministérios nesse domingo! Tomada de poder pelo povo brasileiro insatisfeito com o governo vermelho.”
Já o deputado André Fernandes publicou um vídeo no Twitter, no dia 6, convocando “ato contra o governo Lula”, e afirmando que ele estaria presente. No dia das invasões, ele ainda postou a imagem de uma porta vandalizada, onde estava escrito o nome do ministro Alexandre de Moraes, com a legenda: “Quem rir vai preso”.
De acordo com o advogado Erik Moraes, da Ordem dos Advogados do Brasil no Maranhão, há uma grande diferença entre “liberdade de expressão” e incitações, como as dos três parlamentares, que ferem outros direitos do cidadão.
A Polícia Federal tem até o início de março para conclusão dos inquéritos. O advogado Erik Moraes explica as possíveis consequências, caso a PF confirme as acusações.
Nossa reportagem tentou contato com os três parlamentares, mas ainda não obteve retorno.
Fonte: Agência Brasil
Você precisa fazer login para comentar.