Foto: Reprodução / TV Grande Rio
Lançado em 2010, o projeto de construção do Museu Espaço de Arte, Ciências e Cultura (EACC) da Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf), na orla de Petrolina, no Sertão de Pernambuco, ainda não virou realidade. O motivo da demora é que a obra, que começou em 2011, ainda não foi concluída.
O museu, que fica às margens do rio São Francisco, ocupa uma área construída de 2,5 mil metros quadrados. A obra, que chegou a ser interrompida em 2014, era para ter ficado pronta em 2017, mas o prazo não foi cumprido. Membro do Diretório Central dos Estudantes (DCE) da Univasf, Bruno Abreu de Melo lamenta a demora.
“Desde a ordem de serviço, que foi em 2011, são 11 anos que esse prédio está em obra e não é inaugurado. Acho que é a obra mais antiga aqui na cidade de Petrolina”, diz o estudante.
Em 2020, o reitor pró-tempore da Univasf, Paulo César Fagundes, acompanhado por uma equipe da universidade, visitou a obra. Na época, segundo a assessoria da instituição, o objetivo era “conhecer a atual situação física e estrutural do espaço e, ao mesmo tempo, planejar ações de curto e médio prazo para a conclusão da obra”.
Neste período, foi anunciado investimento de R$ 1 milhão e 93 mil para a pavimentação externa do museu. Na época, segundo a Univasf, o projeto também “engloba além da urbanização, a montagem da subestação de energia elétrica”.
Sem funcionar, o espaço que deveria abrigar arte, ciências e cultura virou motivo de indignação para quem passa em frente ao grande museu.
“É um desperdício, um patrimônio desses parado em plena orla de Petrolina. Poderia ser alguma coisa, para agregar mais para a cidade, para a população”, diz auxiliar de serviços gerais, Ítala Nadir.
Em seu site, em matéria publicada em julho de 2020, a Univasf desta que, quando ficar pronto, o museu Espaço de Arte, Ciências e Cultura terá “área expositiva de 700m², laboratórios didáticos, auditório, biblioteca, infoteca, camarim, mirante e, na área externa, bosque com 8.500m² e trilha ecológica”. Enquanto isso não acontece, Bruno Melo descreve o sentimento como estudante da instituição.
“A gente perde. Perdem os estudantes, perde a geração de emprego, porque esse prédio vai ter novos funcionários, e a região como um todo”, lamenta.
Desde o último dia 3 de junho, a produção da TV Grande Rio cobrou um posicionamento a Univasf sobre o prazo de conclusão da obra, mas a assessoria da universidade informou que recebeu esse pedido e que aguarda retorno do Secretário de Relações Institucionais e Comunicações da universidade. Mas, até a publicação desta matéria, não recebemos respostas.