Indiferença do eleitor no cenário do Senado é ainda maior

Quando a segunda pesquisa divulgada pela Folha de Pernambuco em parceria com o IPESPE – Instituto de Pesquisas Sociais, Políticas e Econômicas avalia o cenário da corrida pelo Senado em Pernambuco, a falta de interesse externada pela população na disputa aparece ainda mais agravada. Na pesquisa espontânea, que denota isso de forma mais acentuada, o volume dos que votariam “nenhum/branco/nulo” é de 18%, enquanto o de “não sabe/não respondeu” chega a 74% dos entrevistados, o que, somado, resulta em 92% que não estão com opção alguma de senador.

Mesmo na estimulada, mais da metade dos eleitores não aponta candidato: o quesito “nenhum/branco/nulo” vai a 30% e o percentual de “não sabe/não respondeu” aparece como 22%. Quem lidera numericamente, nessa segunda rodada da amostra, é Teresa Leitão, com 16%, seguida de Gilson Machado, com 13%, de André de Paula, com 11% e de Guilherme Coelho, com 5%. Eugênia Lima, Esteves Jacinto, Roberta Rita e Carlos Andrade Lima pontuam 1%. Deyse Medeiros não alcançou 1% das citações.

Entre a primeira pesquisa e esta segunda, novos nomes passaram a figurar no cenário. E há algumas nuances nessa corrida pela Casa Alta a se anotar. Pelo perfil de André de Paula, mais distante do de Marília Arraes, que encabeça sua chapa, há uma possibilidade de o eleitor buscar votar em Teresa Leitão, que, até pouco tempo, era aliada de primeira hora de Marília. Nesse caso, Teresa figura como alguém que pode ir buscar votos tanto de eleitores da candidata do Solidariedade como dos eleitores de Danilo Cabral, que encabeça seu palanque. 

Teresa, então, figura numericamente à frente, como explica Marcela Montenegro, mas há de se perceber um empate técnico entre ela, Gilson Machado Neto e André de Paula, considerando a margem de erro de 3,2 pontos percentuais.

Gilson, por sua vez, parece realizar o voto bolsonarista de maneira mais rápida, enquanto o eleitor do PT se divide entre os candidatos a senador, cuja escolha por parte do eleitor costuma se dar a reboque da de governador. “Se o eleitor ainda não sabe em quem votar para governador, imagine para senador”, pondera a diretora Executiva do IPESPE.

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