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Imersão na natureza: caiaque no Saco do Mamanguá (RJ)

Esse passeio é pra quem curte estar juntinho da natureza, observando a correnteza das águas, o canto dos pássaros…mas antes de falar do passeio de caiaque pela região do Saco do Mamanguá, no Rio de Janeiro, vou dar uma breve explicação de como chegar lá ok? Acompanhe a gente também no Instagram, onde você pode receber várias dicas de viagem e conhecer paisagens incríveis! É só clicar AQUI!

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Como Ir

Pra chegar neste paraíso natural, a opção mais comum é partindo de Paraty Mirim, que é um bairro de Paraty. O percurso é curto (cerca de 17km) e parte dele é feito em estrada de terra. Chegando em Paraty Mirim, o turista que estiver de carro pode deixar o veículo num estacionamento (pago). Depois, é só pegar um barco e em vinte minutinhos você chega ao local onde se concentram as opções de hospedagem. E anota a dica: super indicamos a Mamanguá Beach House.

                                      

São poucos hotéis e pousadas na região, portanto, é fundamental fazer a reserva com antecedência para garantir um lugar neste paraíso. O barco que faz a travessia de Paraty Mirim até a região do Saco propriamente dito não é barato. Cobram cerca de 130 reais (ref. set 2021) somente pela ida. Vale a pena negociar e pechinchar muito pra já contratar o barqueiro pra fazer a volta. Se for em grupo (dividindo o valor) já ajuda nos gastos da viagem. De Paraty Mirim até o Saco dá pra ir fazendo trilha também, mas aí é para os fortes. São pelo menos duas horas de caminhada pesada. O Saco do Mamanguá possui 8 quilômetros de comprimento e 1,5 km quilômetro de largura. A profundidade chega a 10 metros na entrada do Saco e em vários pontos varia entre 1 e 3 metros. Doze rios drenam suas águas para dentro do Saco, levando muita matéria orgânica. Por isso, quanto mais pra dentro dele mais escura e mais rica em nutrientes é a água. Muitas espécies vão pra lá reproduzir.

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Esta região é comumente chamada de fiorde tropical. Isso por causa do seu formato, sua geografia que é similar a de um fiorde. Mas o biólogo marinho Rogério Giorgi Hristov, que também é guia turístico e condutor de práticas esportivas há quase vinte anos pela região, explica que tecnicamente não é um fiorde, mas uma ria (espécie de vale fluvial). “A formação de um fiorde tem a ver com gelo. A descida do gelo durante a deglaciação faz abrir essas ranhuras, é a chamada erosão glacial. Já a ria é diferente. Aqui era um vale por onde drenava um rio, na última deglaciação houve elevação do nível do mar e essa área foi aberta ganhando uma formação similar ao fiorde, que é o Saco de Mamanguá”. Mamanguá é uma palavra indígena que significa Abundância / Fartura.  Nessa região vivem atualmente 8 comunidades caiçaras ao longo da margem. E cada uma delas com suas peculiaridades. Uma é focada em agricultura, outra em pescaria comercial, etc. São 120 famílias e cerca de 600 pessoas.

Toda essa explicação geográfica é dada aos turistas ao longo do passeio de caiaque, feito pela agência Interação Paraty. Rogério Hristov, que comanda o tour, faz questão de mostrar a importância de cada região por onde os caiaques percorrem ao longo do passeio: a importância da preservação do manguezal como um berçário marinho, da conscientização sobre o papel do homem diante do meio ambiente, além de da riqueza botânica do lugar. O passeio de caiaque dura praticamente o dia todo, você vai remar sozinho ou em dupla por uma média de 1h30 a 2 horas. Mas nem se preocupe, pois tudo é feito no seu tempo, sem sacrifício. Entre as paradas, meia hora a uma hora numa cachoeira com piscina natural. Depois, seguimos para o almoço numa comunidade caiçara, onde funciona o restaurante de Dona Gracinha. Fundado há vinte anos, a comida é realmente impecável. Peixe, feijão, farofa, salada, arroz e ainda sai uns bolinhos cobertos de açúcar e canela de sobremesa. Tudo uma delícia! Lá também é possível comprar souvenirs de artesanatos locais (tudo muito bem feito e bacana pra levar de lembrança).

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Os caiaques entram em rios, manguezais, comunidades caiçaras, alguns locais onde só é possível entrar em embarcações deste tipo. O tour começa por volta das 9h e retorna lá pelas 16h30.  A Interação Paraty foi a primeira agência a operar este passeio na região. A equipe conhece cada palmo deste lugar e está muito inserida no contexto de preservação da natureza e da comunidade. Promove, por exemplo, educação ao ar livre, estimula a cultura local, realiza oficinas de artesanato, pescaria, etc. Escolas costumam realizar visitar em grupos e os estudantes podem conhecer uma casa de farinha. Lá, eles colhem a mandioca, fazem todo processo  de produção e levam o produto pra casa. Esses tours podem ser de dia todo ou até de mais dias. Ótima opção também para passeios corporativos.

São mais de 30 praias  (algumas com restaurantes) dentro da área do Saco do Mamanguá, além do tour de caiaque um dos mais procurados é a trilha para o Pico do Mamanguá, mais conhecido como Pico do Pão de Açúcar. Já adianto que é pauleira pra subir hein! É apenas 1,5 Km de caminhada mas é só de subida! Requer um mínimo de preparo físico, caso contrário você vai penar pra chegar. A vista lá de cima compensa e muito. É sem dúvida o visual mais incrível da região. Dá pra conhecer o Saco do Mamanguá num bate e volta saindo de Paraty, mas será algo bastante corrido, o que nem combina com o lugar. E quando você olhar o visú daquela região com certeza vai querer ficar mais tempo. A sugestão é que fique por lá pelo menos duas noites. Quem for muito sussa aí pode esticar os dias porque não vai se arrepender. As praias são ideais para famílias com crianças pois não é agitado, e demora a chegar na parte funda. São praias sem onda, um lugar super tranquilo, destino pra quem curte contato próximo com a natureza e quer (re)energizar.

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Fonte: Folha PE
Autor: Fabiano Antunes

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