Grupo E: Espanha e Alemanha tentam evitar surpresas para levantar a taça

O Grupo E da Copa do Mundo 2022 une dois dos últimos três campeões mundiais: A cabeça-de-chave Espanha (2010) e a Alemanha (2014). Claramente favoritas dentro do grupo e fortes candidatas ao título no Catar, as duas seleções precisam evitar surpresas de Japão e Costa Rica que, apesar de não terem a mesma tradição, já tiveram seus bons momentos em Copas.

A Espanha chega a Copa com uma seleção renovada por uma nova geração. Jogadores como Pedri, Gavi e Ansu Fati – todos do Barcelona – são o início de uma nova geração na seleção que ainda conta com jogadores como Rodri, Dani Olmo e Ferran Torres.

A ‘La Fúria’ aposta alto em Luis Enrique para que ele possa levar os espanhóis a outra final. Nas eliminatórias, passou sem problemas, perdendo apenas uma partida das oito rodadas que teve. Na Nations League, conseguiu a classificação à fase final apenas no último jogo, onde venceu Portugal por 1 a 0. Os bons resultados motivam o país, mesmo que os novos nomes não inspirem muita confiança e nomes antigos como De Gea, estão fora da seleção. 

De acordo com o jornal esportivo espanhol Marca, o goleiro do Manchester United não está na pré-lista, mesmo tendo atuado bem pelo clube inglês e ter sido o principal goleiro do país desde Iker Casillas. Os goleiros da pré-lista são Unai Simón, Robert Sánchez, Raya e Kepa. O último, ficou de fora de convocações recentes e não deve ir, mas um motivo para que a ausência de De Gea seja uma surpresa.

Alemanha renovada 

A Alemanha foi a última seleção a sofrer com a “maldição do campeão”. Em 2018 na Rússia, caiu logo na primeira fase em um grupo formado por Suécia, México e Coreia do Sul. O vexame fez com que a seleção passasse por mudanças nesses últimos quatro anos.

Joachim Löw deu lugar a Hansi Flick no comando da seleção alemã. Dos jogadores campeões do mundo em 2014, apenas permanecem Thomas Muller e Manuel Neuer, o goleiro corre o risco de perder a Copa devido a uma lesão. Marco Reus e Werner estão fora do Catar por lesão. Já Muller vai atrás do recorde de gols em Copas. O jogador tem 10 gols em três participações e está a seis do maior artilheiro, o também alemão Miroslav Klose. 

Por fim, a ‘Die Mannschaft’ (A Equipe, em alemão) também conta conta com novos nomes para serem a base da seleção para o futuro, como Musiala, Karim Adeyemi, David Raum e Schlotterbeck.

Buscando estragar a festa das campeãs mundiais estão Japão e Costa Rica. Seleções fortes nos seus continentes, Ásia e América Central/do Norte, respectivamente, elas são consideradas fracas no cenário da Copa do Mundo, mas já fizeram bonito em ocasiões.

Japão quer surpreender

O Japão participa de todas as Copas desde 1998. Potência asiática, nunca passou das oitavas de final, mas chamou a atenção pelo o futebol rápido e reativo. Em 2010, foi eliminada nos pênaltis para o Paraguai e em 2018, quase eliminou a Bélgica. Jogando melhor que a badalada geração belga, tomou a virada aos 49 minutos do segundo tempo e ficou pelo caminho.

Os japoneses já divulgaram a lista final para a Copa. Chama a atenção a mescla de jogadores experientes como Nagatomo, Eiji Kawashima e Yoshida, e os jogadores novos como a promessa Takefusa Kubo, Ko Itakura e Minamino.

Repetindo o feito?

A Costa Rica já está acostumada a enfrentar campeãs em Copas. Em 2014, no Brasil, os costarriquenhos estavam em um grupo com Inglaterra, Itália e Uruguai. Surpreendendo a todos, a ‘La Sele’ terminou em primeiro do grupo e invicta (duas vitórias e um empate). A campanha só pararia nas quartas, após perder para a Holanda nos pênaltis.

Dessa geração de 2014 que ainda está na seleção se destacam o goleiro Keylor Navas, que foi para o Real Madrid em seguida e conquistou tudo pelo time espanhol, e Joel Campbell, autor do gol da classifcação ao Catar. Atuou pelo Arsenal e hoje está no Léon/MEX.

Apesar do fracasso de 2018, onde estava no grupo do Brasil e fez somente um ponto, os costarriquenhos esperam repetir o sucesso de 2014 e estragar a festa de Alemanha e Espanha.

Veja as informações das seleções do Grupo E:

Espanha

Seleção da Espanha. Foto: Marco Bertorello / POOL / AFP

Time-base: Unai Simón; Azpilicueta, Guillamon, Pau Torres e Gaya; Rodri, Pedri e Gavi; Ferran Torres, Sarabia e Morata (4-3-3)


Destaque: Gavi


Técnico: Luís Enrique


Participações em Copas: 16


Melhor resultado: Campeã (2010)


Cotação ao título: Favorita

Costa Rica

Seleção da Costa Rica. Foto: Ezequiel Becerra / AFP

Time-base: Keylor Navas; Brian Oviedo, Francisco Calvo, Oscar Duarte e Fuller Spence; Celso Borges, Tejeda, Gerson Torres, Bennette e Campbell; Anthony Contreras (4-2-3-1)


Destaque: Keylor Navas


Técnico: Luis Fernando Suarez Guzman/COL


Participações em Copas: 6


Melhor resultado: Quartas-de-final (2014)


Cotação ao título: Cumprir tabela

Alemanha

Seleção da Alemanha. Foto: DFB / Philipp Reinhard / Twitter DFB-Team

Time-base: Neuer (ter Stegen); Klostermann, Rudiger, Schlotterbeck e Raum; Kimmich, Gundogan, Gnabry, Muller e Sané; Musiala (4-2-3-1)


Destaque: Kimmich


Técnico: Hansi Flick


Participações em Copas: 20


Melhor resultado: Campeã (1954, 1974, 1990 e 2014)


Cotação ao título: Favorita

Japão

Seleção do Japão. Foto: Sasha Schuermann / AFP

Time-base: Kawashima, Nagatomo, Yoshida, Ko Itakura e Sakai; Endo, Ito, Tanaka, Morita e Minamino; Osako


Destaque: Minamino


Técnico: Hajime Moriyasu


Participações em Copas: 7


Melhor resultado: Oitavas (2002, 2010, 2018)


Cotação ao título: Cumprir tabela

Os jogos do Grupo E:

1ª Rodada – 23/11

10h – Alemanha x Japão | Khalifa International Stadium


13h – Espanha x Costa Rica | Al Thumama Stadium

2ª Rodada – 27/11

07h – Japão x Costa Rica | Al Rayyan Stadium


16h – Alemanha x Espanha | Al Bayt Stadium

3ª Rodada – 1/12

16h – Costa Rica x Alemanha | Al Bayt Stadium


16h – Japão x Espanha | Khalifa International Stadium

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