A França chega à Copa do Mundo do Catar como a atual campeã do torneio e uma das favoritas a levantar a taça mais uma vez. Mas, para isso, tem a missão de acabar com uma “maldição dos campeões” das últimas Copas: passar da fase de grupos.
Desde 2010, quem venceu o torneio anterior tem ficado pelo caminho logo no início. Itália (em 2010), Espanha (em 2014) e Alemanha (em 2018) foram eliminadas na fase de grupos.
Outra situação que preocupa a França são os desfalques. Os ‘Les Bleus’ já perderam os volantes Boubacar Kamara e N’golo Kanté por lesão, além de Paul Pogba, que está se recuperando de uma cirurgia no joelho e não voltará a tempo de disputar o Mundial.
Junto a superstições e desfalques está o desempenho da seleção do técnico Didier Deschamps nos últimos jogos. Pela Nations League em junho deste ano, os franceses venceram apenas um e perderam três dos seis jogos, encerrando o ciclo pré-Copa de maneira preocupante. No Catar, os franceses vão encontrar seu algoz na Nations, a Dinamarca.
Dinamarca em grande fase
A ‘Dinamáquina’ vive sua melhor fase desde o título europeu de 1992. Conquistou a vaga para a Copa vencendo nove dos 10 jogos nas Eliminatórias e fez uma boa Nations League. Além das vitórias contra a França, brigou por uma vaga na fase final que acabou ficando com a Croácia. A seleção dinamarquesa chega como uma das seleções mais bem preparadas para a Copa.
Junto ao bom momento vem a história de Eriksen. Destaque da seleção, o jogador sofreu uma parada cardíaca em campo durante a Eurocopa no ano passado, onde foi ressuscitado pelos paramédicos. Após ficar afastado dos gramados por oito meses, o jogador, que agora usa um marca-passo, fez seu retorno pelo Brentford, na Premier League, e ajudou a equipe a fugir do rebaixamento. Atualmente o meia está jogando no Manchester United.
Outro destaque é o protesto da seleção sobre a realização da Copa no Catar. O uniforme lançado para o torneio pela fornecedora de material esportivo Hummel chamou a atenção por “esconder” o escudo da Dinamarca e o logo da empresa. Em nota, a Hummel afirmou que é um “protesto contra o Catar e seu histórico de [desrespeito aos] direitos humanos”.
Embalada, mas nem tanto
A Austrália, adversária de França e Dinamarca, também criticou o Catar e a questão humanitária no país. Em vídeo, os jogadores falam sobre as condições dos trabalhadores imigrantes e a questão LGBTQIA .
Os ‘Socceroos’ chegam ao Mundial após uma longa jornada nas Eliminatórias. A seleção da Oceania, que disputa o classificatório pelo continente asiático, teve uma segunda fase invicta (oito jogos, oito vitórias), mas encontrou dificuldades na fase decisiva, onde terminou em terceiro no grupo e se viu na repescagem, com risco de ficar de fora da Copa após quatro participações seguidas. Os australianos eliminaram os Emirados Árabes Unidos e depois o Peru, nos pênaltis, para garantir a vaga.
Tunísia quer mata-mata
Fechando o grupo está a Tunísia. A seleção africana, que recentemente enfrentou o Brasil em amistoso e foi goleada, passou por mudanças entre a Copa da Rússia e o Catar. Apostando em um jogo defensivo, as ‘Águias do Cartago’ lideraram o seu grupo nas Eliminatórias e depois eliminaram o Mali para garantir a vaga. Em um grupo complicado para os africanos, os tunisianos buscam uma inédita classificação às oitavas.
Veja as informações das seleções do Grupo D:
França
Seleção da França. Foto: Reprodução / Twitter France Team
Time-base: Lloris; Koundé, Varane e Saliba; Mendy, Tchouameni, Camavinga e Coman; Griezmann; Mbappe e Benzema. (3-4-1-2)
Destaque: Benzema
Técnico: Didier Deschamps
Participações em Copas: 16
Melhor resultado: Campeão (1998 e 2018)
Cotação ao título: Favorita
Austrália
Seleção da Austrália. Foto: Michael Bradley / AFP
Time-base: Mathew Ryan; Behich, Rowles, Wright e Atkinson; Leckie, Irvine, Aaron Mooy, Hrustic e Boyle; Duke (4-5-1)
Destaque: Mathew Ryan
Técnico: Graham Arnold
Participações em Copas: 6
Melhor resultado: Oitavas (2006)
Cotação ao título: Cumprir tabela
Dinamarca
Seleção da Dinamarca. Foto: Reprodução / Twitter Fodboldlandsholdene
Time-base: Schmeichel; Maehle, Vestergaard, Nelson e Andersen; Hojberg e Delaney; Skov olsen, Wass e Eriksen; Dolberg (4-2-3-1)
Destaque: Schmeichel
Técnico: Kasper Hjulmand
Participações em Copas: 6
Melhor resultado: Oitavas (1986, 1998, 2002 e 2018)
Cotação ao título: Zebra
Tunísia
Seleção da Tunísia. Foto: Divulgação / AFCON
Time-base: Ben Said; Maaloul, Talbi, Ghandri e Drager; Laidouni, Chaaleli e Bem Romdhane; Msakini, Sliti e Jaziri (4-3-3)
Destaque: Jaziri
Técnico: Jalel Kadri
Participações em Copas: 7
Melhor resultado: Fase de Grupos (1978, 1998, 2002, 2006, 2010 e 2018)
Cotação ao título: Cumprir tabela
Jogos do Grupo D:
1ª Rodada – 22/11
10h – Dinamarca x Tunísia | Education City Stadium
16h – França x Austrália | Al Janoub Stadium
2ª Rodada – 26/11
07h – Tunísia x Austrália | Al Janoub Stadium
13h – França x Dinamarca | Stadium 974
3ª Rodada – 30/11
12h – Tunísia x França | Education City Stadium
12h – Austrália x Dinamarca | Al Janoub Stadium
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Fonte: Folha PE