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Grana, títulos e desempenho: números mostram desequilíbrio entre dois lados das quartas da Champions

 O sorteio realizado hoje pela Uefa em sua sede em Nyon, na Suíça, definiu os confrontos das quartas de final da Champions League e o chaveamento até a grande decisão que será disputada em Istambul, na Turquia, no dia 10 de junho. De um lado os “Bichos-Papões” se enfrentam e só um chegará na final, do outro, as surpresas da edição vão se cruzar e apenas uma delas tentará conquistar a Europa.

Atual campeão da competição, o Real Madrid vai enfrentar o Chelsea e se passar para a semifinal joga contra o vencedor do jogo entre Manchester City e Bayern. Do outro lado da chave, a sensação do futebol mundial Napoli faz o clássico contra o Milan e pode jogar, caso avance, contra Inter de Milão ou Benfica, que fazem o outro confronto.

Após o sorteio, a grande discussão era o desequilíbrio entre dois lados das quartas da Champions. E os números da última década, ou seja, desde a temporada 2012/13, ajudam a entender este debate. Principalmente se olharmos as conquistas das oito equipes neste período.

O lado mais forte do chaveamento conta com oito títulos da Liga dos Campeões nos últimos dez anos (cinco do Real Madrid, dois do Bayern de Munique e um do Chelsea), além da final disputada pelo Manchester City, na temporada 20/21. Mas as conquistas não se restingem apenas no torneio continental. O Bayern dominou a Alemanha nesta década e ergueu o troféu da Bundesliga em todos os anos.

Na Inglaterra, City e Chelsea representam 70% dos títulos da Premier League, no mesmo período. Os Blues ainda foram campeões da Europa League em duas oportunidades – o segundo torneio continental mais importante da Europa. E o Real Madrid conquistou três vezes a La Liga e uma vez a Copa do Rey.

Na outra chave, Benfica, Milan e Inter já até conquistaram a Champions em outras oportunidades, mas de dez anos para cá, as participações foram poucas e levantar o troféu pareceu uma missão impossível. O Napoli, por sua vez, nunca havia chegado nem na fase atual, de quartas de final. Nem em seus respectivos países eles conseguiram dominar as ligas nacionais.

Principais títulos desde 2012/13

Bayern e Real Madrid foram figuras carimbadas em todas as edições da competição nos últimos anos e o aproveitamento de 76% e 70,1%, respectivamente, ajudam a entender a força das equipes. Os italianos Milan e Inter apareceram poucas vezes no torneio e possuem duas das três piores porcentagens na competição. Por outro lado, o Napoli, mesmo jogando pouco, é quem mais se aproxima dos números de Chelsea e City.

Aproveitamento das equipes na Champions desde 2012/13

Outro fator que ajuda apresentar a disparidade entre os times é o valor envolvido para a montagem dos elencos. Na janela de transferências de 2022/23, incluíndo verão e inverno, das 10 contratações mais caras, quatro são do Chelsea (Enzo Fernández, Wesley Fofana, Mykhaylo Mudryk e Marc Cucurella), totalizando um montante de 336,7 milhões de euros (quase R$ 2 bilhões, na cotação atual), uma do Real Madrid (Aurélien Tchouameni) por 80 milhões de euros e uma do Bayern (Matthijs de Ligt), 67 milhões.

O que contribui com o valor de mercado dos elencos dos times que disputam as quartas de final. Embora o Chelsea tenha gasto mais dinheiro, o plantel mais caro é o do Manchester City, 1,05 bilhões de euros – quase quatro vezes mais do que custa o Benfica, time com menor investimento.

Valor de mercado do elenco dos times remanescentes na Champions

Mas como futebol não é uma ciência exata, a Liga dos Campeões está totalmente aberta, sem um grande favorito. O Napoli, inclusive, em penúltimo lugar no valor dos elencos, é, talvez, quem jogue o futebol mais atraente e, liderado pela dupla Kvaratskhelia e Osimhen, tem chances reais conquistar o título que Maradona e Careca não conseguiram.

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Fonte: Folha PE

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