A partir desta terça-feira (29), não é mais obrigatório utilizar máscaras em ambientes abertos em Pernambuco, porém a recomendação é que pessoas que apresentem alguma vulnerabilidade, como imunossuprimidos, idosos – principalmente os que não tomaram as doses de reforço – e pessoas com sintomas gripais ou Covid-19 continuem utilizando máscaras ao ar livre. Nos terminais de passageiros e dentro dos coletivos, a obrigatoriedade continua.
Além disso, é permitida a realização de eventos culturais, esportivos, sociais, shows e bailes, inclusive em clubes sociais, hotéis, bares e restaurantes, sem restrição de horário e com capacidade total de público. A comprovação do passaporte vacinal para eventos e serviços de alimentação segue sendo necessária, para um maior controle. O decreto com os detalhes sobre a decisão foi publicado no Diário Oficial do Estado de Pernambuco desta terça.
Em coletiva de imprensa realizada para explicar as novas etapas, o secretário de Saúde, André Longo, pontuou que, mesmo com a não obrigatoriedade, em alguns casos, como espaços com aglomerações, o uso ainda é recomendado.
“A gente acredita que seja importante que as pessoas portem a máscara ao saírem de casa porque podem transitar de locais abertos para locais fechados. Lugares com alguma coberta e que a circulação de ar não é perfeita ou é restrita e tem ar condicionado, por vezes, caracteriza locais fechados. Mesmo em um local aberto, se você tem tendência de ter aglomeração, é importante que você faça o uso da máscara para a sua proteção e a proteção das outras pessoas, mas não é obrigatório”, destacou o secretário.
O decreto define os locais de acesso, embarque e desembarque dos veículos de transporte público, como Terminais Integrados de ônibus e estações de BRT, como locais fechados, sendo assim, continua sendo obrigatório o uso das máscaras.
Já os estádios de futebol são considerados ambientes abertos, o que desobriga o uso do item de proteção nesses locais.
“Estádio de futebol a gente considera um ambiente aberto e muito ventilado, mas é aglomerado. Então, apesar de não ser obrigatório, é recomendado o uso, é educação sanitária. A gente está partindo para um estádio, onde a gente quer que todo mundo tenha responsabilidade sanitária. Eu recomendo o uso de máscaras nesses locais onde você tem maior tendência de aglomeração e maior chance de se contaminar”, disse.
No ambiente escolar, mesmo nos lugares abertos, a recomendação ainda é o uso da máscara. “A escola é o principal ambiente de educação sanitária, então tem que ter esse estímulo para as crianças e adolescentes. O uso da máscara para autoridade sanitária é extremamente recomendável nesses ambientes escolares, especialmente porque não temos uma cobertura vacinal segura para esses públicos”, destacou o secretário.
Importância da vacinação
Para a secretária-executiva de Desenvolvimento Econômico, Sidia Haiut, é importante que a população se vacine para mais avanços no plano de convivência.
“Por conta do avanço da vacinação e da baixa circulação viral, a gente anuncia um avanço no plano de convivência. Hoje já não há mais restrição em relação à quantidade de pessoas. Esse é um passo muito importante. É importante que a gente avalie como vão ser esses dias para que não seja necessário nenhum outro tipo de restrição”, explicou.
Em Pernambuco, de acordo com a Secretaria Estadual de Saúde (SES-PE), mais de 540 mil pessoas estão com a segunda dose da vacina em atraso. Por conta disso, o Estado ainda não alcançou a cobertura de 80% para esta aplicação. Já com relação à terceira dose, 650 mil pessoas estão em atraso e a cobertura geral está abaixo de 50%.
A vacinação é a principal aliada para continuar com os dados positivos contra a pandemia e superar a doença. “As medidas são resultados do avanço da vacinação e, mesmo com esse cenário positivo, a situação pode ser ainda melhor e transcorrer de maneira sustentada se nós conseguirmos avançar ainda mais na imunização. É preciso que os municípios continuem trabalhando fortemente na questão das metas de vacinação para a Covid. Por isso, a gente sempre faz questão de dizer que as vacinas são seguras”, destacou o secretário.
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Fonte: Folha PE